Guedes: Que história é essa de conflito fiscal com social? Isso é ignorância
Criar programa social de R$ 200 bilhões sem fonte de financiamento trará problemas ao Pa[is, diz ministro
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira, 18, que é ignorância e incapacidade técnica declarar que há um conflito entre responsabilidade fiscal e social. Segundo ele, o maior programa de responsabilidade social do Brasil foi criado pelo governo Jair Bolsonaro.
Segundo Guedes, o Auxílio Brasil tem orçamento de R$ 150 bilhões e o Bolsa Família tinha R$ 50 bilhões. "Fizemos um programa social três vezes maior", disse.
Guedes ainda questionou onde estavam os 30 milhões de brasileiros passando fome que não foram descobertos durante o governo do PT.
"Já ganhou a eleição? Cala a boca, vai trabalhar, vai construir um negócio melhor. Se fizer menos barulho, trabalhar um pouco mais com a cabeça e menos com a mentira, talvez possa ser bom governo", afirmou.
O ministro também criticou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que prevê tirar do teto de gastos as despesas com o Bolsa Família. Segundo ele, usar o espaço fiscal para financiar obras públicas é um erro.
"Fazer PEC sem fonte de financiamento para fazer obras? Já ouvi essa história", disse.
País terá problemas sem fonte de financiamento
Na visão de Guedes, criar um programa social de R$ 200 bilhões sem fonte financiamento trará problemas ao País. A referência velada é à PEC da Transição, cujas propostas apresentadas pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin preveem a retirada de até R$ 198 bilhões do teto em 2023.
Na visão de Guedes, a liberdade econômica talvez esteja ameaçada no Brasil. O ministro voltou a afirmar que o governo Jair Bolsonaro reforçou as regras fiscais e que é necessário rigor com as contas públicas para evitar que a economia sofra com choques adversos e registre um resultado negativo.
Desempenho da economia no governo Bolsonaro
O ministro também afirmou que o governo Jair Bolsonaro devolve o País com superávit primário pela primeira vez em 10 anos. Segundo ele, nos quatro anos de governo, o teto de gastos foi respeitado, a não ser em situações excepcionais.
"Teoria econômica aplicada funciona. Colocamos o Brasil no caminho da prosperidade. Comparado ao período anterior, onde não houve covid e guerra geopolítica, o desempenho da economia foi melhor conosco do que antes. Chegamos falando que o Estado brasileiro gasta muito e gasta mal. Cortamos privilégios com a reforma da Previdência", disse.
Guedes ainda declarou que o teto de gastos foi mal construído, apesar da filosofia original ser correta. Segundo ele, com o aumento de gastos nos últimos 30 anos, era necessário reduzir esse ritmo de expansão. Entretanto, ele criticou o fato de a norma não ter mecanismos para distribuição de recursos em momentos de bonança ou de crises. / Agência Estado