Grandes bancos dos EUA negociam para tentar salvar o First Republic Bank
Segundo agências de notícias, estariam na negociação o JPMorgan Chase, MorganStanley, Citigroup e Bank of America
Grandes bancos dos EUA estão em negociações com o First Republic Bank, que pode incluir uma injeção de capital considerável e até mesmo uma aquisição total do banco, segundo informações do Wall Street Journal. Essa notícia e os comentários da secretária do Tesouro, Janet Yellen, levaram os principais índices de Wall Street a reverter as quedas e melhoraram o humor dos investidores.
A iniciativa é do governo americano em conjunto com o JP Morgan Chase, Morgan Stanley , Citigroup e Bank of America na tentativa de resgatar o First Republic. No rastro da liquidação do Silicon Valley e do Signature Bank,, o banco teve sua classificação fortemente rebaixada pela agência de classificação, S&P Global Ratings, e queda de 30% em suas ações no pregão da quarta-feira, 14.
Enquanto isso, segundo a agência Reuters, Yellen disse que o sistema bancário dos EUA continua sólido e os americanos podem se sentir confiantes de que seus depósitos ficarão lá quando necessário.
“Um voto de confiança de Janet Yellen ao falar sobre a solidez dos bancos dos EUA foi um dos pontos centrais, com certeza. Além disso, a notícia de que existem alguns grandes bancos que estão procurando o First Republic certamente parece ter acalmado o mercado”, disse Art Hogan, à Reuters, o estrategista-chefe de mercado da B Riley Wealth.
"Por baixo do capô, se você olhar para o que está acontecendo na venda de bancos, esse dinheiro não é realmente deixado no mercado. Parece estar indo para algumas empresas de tecnologia de grande capitalização bem conhecidas, o que provavelmente é positivo."
As ações listadas nos EUA do Credit Suisse subiram 3,2% depois que o banco garantiu uma linha de crédito de até US$ 54 bilhões do Banco Nacional da Suíça para reforçar a liquidez e a confiança dos investidores.
Dados mostraram que o número de americanos entrando com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada, apontando para a força contínua do mercado de trabalho, o que pode persuadir o Fed a continuar aumentando as taxas.
Os números fracos das vendas no varejo, bem como os dados mostrando uma tendência de queda na inflação ao produtor na quarta-feira, reforçaram as apostas de um pequeno aumento dos juros pelo Federal Reserve em sua reunião encerrada em 22 de março.