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Jive e Mauá
Fundos de Investimentos

Fundos macro: como funcionam, quais as estratégias e como se posicionam em cenários conturbados como o atual

Oferecem variadas opções de investimento, tanto no exterior quanto doméstico

Data de publicação:19/10/2021 às 05:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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Os fundos macro, pela flexibilidade e diversidade de ativos em carteira, oferecem amplas e variadas opções de investimento, tanto no exterior quanto doméstico, ao aplicador. Hoje é possível investir em títulos de renda fixa de qualquer país ou em ações de companhias da China sem sair de casa, por meio de fundos multimercado macro que estendem seus tentáculos pelos quatro cantos do mundo em busca de melhor retorno para os cotistas. Sem deixar de lado as oportunidades do mercado caseiro.

Na dinâmica dos macro, os gestores precisam ter olhar 360 graus analisando tanto fatores globais como os inerentes aos mercados locais. Acompanhe como esses gestores avaliam o atual momento, conturbado pela ameaça de alta da inflação e crise energética mundiais, e riscos de descontrole fiscal em ano pré-eleitoral.

Estratégias dos fundos macro

Ponto comum é que os fundos macro seguem uma estratégia de investimento em que a escolha de ativos é feita sobretudo a partir de uma análise estrutural do cenário macroeconômico. Nesse modelo, qualquer indicador econômico, até dados preliminares supostamente pueris, pode merecer análise apurada e ensejar decisões imediatas que poderão redundar em ganhos para o fundo e os cotistas. Ou encorajar posições que poderão gerar oportunidades de ganhos no médio e longo prazo.

Com uma versão ampliada de carteira de ativos no exterior, em relação aos multimercados comuns, o macro é em geral um fundo cujo gestor se preocupa em acompanhar todos os mercados globais, o cenário de mais oportunidades e de melhor retorno para os cotistas, explica Carlos Menezes, sócio e gestor de renda fixa da Gauss Capital.

“O fundo oferece a possibilidade de aplicar em vários mercados com uma visão muito ligada à dinâmica da economia global, uma análise de cenário na qual o gestor escolhe e define onde será feita a alocação de ativos”, avalia Menezes. Uma flexibilidade de gestão mais elástica que a de demais multimercados, o que confere aos fundos macro uma estratégia de investimento muito maior que a de outros fundos, acredita. 

O fundo macro da Gauss mantém posições compradas em bolsa japonesa e nas bolsas americanas, apostando na valorização das ações locais. O cenário de retomada de crescimento global acompanhada de alta da inflação encorajou também posições em carteira que apostam em elevação de juros nos Estados Unidos e em países emergentes.

Menezes explica que a maior parte do risco da carteira do Gauss Multimercado ainda está no exterior, longe da exposição aos ruídos fiscais e políticos locais, associados à morosidade das reformas econômicas, incertezas com o cumprimento das metas fiscais, acirramento dos embates políticos com a aproximação das eleições, dentre outros. O fundo exige aplicação mínima de R$ 25 mil; movimentação mínima de R$ 5 mil; taxa de administração de 1,95% ao ano; e taxa de performance de 20% sobre o que exceder ao CDI.

Nem toda estratégia de fundo macro decide por ativos no mercado internacional. “Altas e baixas de ativos compõem o portfólio do fundo”, afirma Bruno Marques, gestor do fundo XP Macro FIM. “Com a equipe 100% focada na gestão com estratégia macro, o fundo ganha com a alta e queda dos ativos (juros, ações, dólar), tanto aqui como no exterior.”

Marques explica que o fundo busca retorno em todas as estratégias, das posições vendidas (apostando na queda dos ativos) às compradas. “O que guia é o cenário, independentemente da classe de ativos, é a análise do cenário que define as escolhas e as alocações”, pontua o gestor.

No momento, o fundo tem, em ativos da China, “pequena posição vendida (aposta na baixa) da moeda chinesa”, pela perspectiva de que o governo desvalorize a moeda local para tentar reativar a economia.

Indicadores levam a decisões

Indicadores econômicos, como dados de inflação, PIB, emprego, juros, são fragmentos de um cenário que, isoladamente ou em conjunto, podem influenciar decisões de estratégia macro de médio e longo prazo. “Todos os dados econômicos divulgados são avaliados e em alguns casos podem influenciar de imediato decisões do gestor”, afirma Menezes, do Gauss Multimercado. Mas há situações também em que seus impactos, de natureza estrutural, são avaliados e considerados no médio e longo prazo.

“O importante é perceber e capturar as mudanças de cenário macroeconômico que os dados indicam e o gestor consiga antecipar a aposta correta de forma a beneficiar o cotista”, pontua.

O gestor do fundo XP Macro diz que os indicadores econômicos são peças de “um grande mosaico com os quais vão se construindo as posições. Juntam-se as peças para montar um quebra-cabeça”, diz. “O desafio é perceber ou entender o que é uma sinalização do que é apenas um ruído.”

Dois novos fundos macro, lançados recentemente pela WHG (Wealth High Governance), chegam às prateleiras da XP esta semana. Ambos têm a carteira formada por ativos chineses e como público-alvo investidores qualificados, com patrimônio acima de R$ 1 milhão.

O WHG China Macro FIC FIM CP é um produto macro exposto ao risco da China, explica Vítor Paulino, sócio responsável pelo comercial da Asset WHG. O fundo, chamado de kit chinês, aplica em títulos de renda fixa e ações na China, considerado a melhor forma de exposição àquele país asiático, “porque a composição de carteira com renda fixa, uma espécie de hedge, compensa eventuais perdas com ações”.

A exposição com fundo macro na China tem como vantagem, de acordo com Paulino, o fato de que os capitais chineses costumam fluir entre as classes de ativos, sem deixar o país.

O valor da aplicação mínima inicial é R$ 5.000; a taxa de administração, 1,95% ao ano; a taxa de performance, 20% sobre o que exceder ao CDI; o saldo de permanência, R$ 5.000, também o valor de movimentação.

O outro fundo é o WHG RF Dinâmico FIC FIM CP, produto com características macro que se enquadra como fundo de renda fixa global, com aplicação em bônus e treasuries, dentre outros títulos. “É um fundo macro de volatilidade baixa que tem como benchmark o CDI+”, explica Paulino. Segundo ele, é um fundo que tende a aproveitar o CDI mais alto e “evita o risco direcional muito grande da renda fixa doméstica”.

O valor mínimo de aplicação inicial é R$ 5 mil, exigido também como saldo mínimo; taxa de administração, 0,95% ao ano; taxa de performance, 10% sobre o que ultrapassar o CDI.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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