FGV: Monitor do PIB aponta queda de 1,0% no crescimento do País em agosto ante julho
Na comparação com o mesmo mês de 2020, a atividade econômica cresceu 4,4%
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 1,0% em agosto ante julho, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com agosto de 2020, a atividade econômica cresceu 4,4%.
"A economia brasileira continua em trajetória de recuperação em relação à forte queda de 2020, provocada pela pandemia do novo coronavírus", apontou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
Claudio Considera aponta que a taxa de crescimento do PIB acumulada nos 12 meses encerrados em agosto de 2021 foi de 3,6%, enquanto na mesma base de comparação do ano passado, a economia acumulava retração de 3,1%.
Serviços
O destaque recente é o setor de serviços, que sofria quedas mensais contínuas e elevadas desde março do ano passado até março deste ano, mas apresenta avanços desde abril. Nos 12 meses terminados em agosto, os serviços cresceram 2,6%, ressaltou o economista do Ibre/FGV.
"No setor de serviços tem relevância a atividade de outros serviços, que representa cerca de 15% do PIB, que chegou a ter taxa mensal negativa de 22,8%, mas apresentou taxas positivas elevadas desde abril deste ano", aponta Considera.
Segundo ele, esse desempenho se deve à maior abrangência da vacinação, que possibilitou a maior interação entre as pessoas com idas a hotéis, bares, restaurantes, viagens, etc. "Isto é compatível com o consumo de serviços por parte das famílias, que no mês de agosto cresceu 8,2%", avaliou.
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
Trimestre móvel
No trimestre móvel terminado em agosto, o PIB cresceu 6,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias aumentou 6,5%, impulsionado pelo crescimento do componente serviços (9,8%).
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), medida dos investimentos no PIB, avançou 18,5%. As exportações cresceram 3,0%, e as importações aumentaram 32,7%.
Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 5,680 trilhões de janeiro a agosto de 2021, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 17,6% no período deste ano. / com Agência Estado