Após Fed elevar juros americanos em 0,75 ponto percentual, Bolsa fecha em alta de 1,67%, em linha com exterior; dólar recua a R$ 5,25
Mercados globais fecharam em alta generalizada com Fed dentro do esperado
Em dia de reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que elevou as taxas de juros americanas em 0,75 ponto percentual, levando-as aos patamares entre 2,25% e 2,50% ao ano, a Bolsa de Valores brasileira, a B3, fechou em alta de 1,67%, aos 101.438 pontos. O desempenho positivo foi em linha com o exterior e puxado por um avanço generalizado entre as ações que compõem o Ibovespa.
O aumento promovido pelo Fed já era amplamente esperado pelo mercado, o que explica a valorização dos índices acionários ao redor do mundo. Analistas do BTG Pactual destacam que, em coletiva após a divulgação do comunicado, o presidente da instituição, Jerome Powell, sinalizou que uma desaceleração no ritmo de alta dos juros pode ser adequada, a depender dos dados de inflação e outros indicadores econômicos.
Essa fala animou os investidores porque traz perspectivas de que o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos pode não ser tão prejudicial para a renda variável do país e de outras divisas. Neste contexto, o dólar perdeu força sobre o real ao longo do pregão e fechou com queda de 1,84%, cotado a R$ 5,25.
O dia na Bolsa
Maiores altas da Bolsa
Empresa | Código | Variação |
Gol | GOLL4 | +10,93% |
Pão de Açúcar | PCAR3 | +8,37% |
Carrefour Brasil | CRFB3 | +7,28% |
Yduqs | YDUQ3 | +7,20% |
Locaweb | LWSA3 | +6,78% |
Maiores baixas da Bolsa
Empresa | Código | Variação |
Telefônica Brasil | VIVT3 | -3,21% |
Tim | TIMS3 | -1,59% |
Santander | SANB11 | -0,46% |
PetroRio | PRIO3 | -0,21% |
Gerdau | GGBR4 | -0,12% |
Mercados internacionais
A maior partes das bolsas ao redor do mundo fecharam em alta neste pregão. Nos Estados Unidos, após o comunicado do Fed em linha com as expectativas do mercado, com um alta que já havia sido precificada, os principais índices acionários dispararam. O destaque ficou por conta do Nasdaq 100, de tecnologia.
Mais cedo, os balanços corporativos do segundo trimestre de 2022 da Alphabet (controladora do Google) e Microsoft revelaram que, apesar de uma desaceleração, as big techs continuam entregando lucros em seus resultados.
Na Velha Economia, as bolsas concluíram a sessão desta quarta-feira no positivo, com os investidores atentos ao Fed e digerindo novos dados econômicos da região. De acordo com o instituto alemão GfK, o índice de confiança do consumidor da Alemanha caiu de -27,7 pontos em julho para -30,6 em agosto, segundo projeção divulgada nesta quarta-feira. O resultado veio abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que esperavam queda a -29,5.
Na Ásia, as bolsas também fecharam majoritariamente em alta, com os investidores à espera da reunião do Fed. As únicas exceções vieram de Xangai e Hong Kong, onde os índices recuaram acompanhando a variação das ações ligadas ao consumo naquela região.
Fechamento das bolsas americanas
- Dow Jones: alta de 1,37%
- S&P 500: alta de 2,62%
- Nasdaq 100: alta de 4,26%
Fechamento das bolsas europeias
- Stoxx 600 (Europa): alta de 0,46%
- DAX (Alemanha): alta de 0,53%
- FTSE 100 (Inglaterra): alta de 0,57%
- CAC 40 (França): alta de 0,75%
Fechamento das bolsas asiáticas
- Xangai Composto (China): baixa de 0,05%
- Shenzhen Composto (China): alta de 0,33%
- Hang Seng (Hong Kong): baixa de 1,13%
- Nikkei (Japão): alta de 0,22%
- Kospi (Coréia do Sul): alta de 0,11%
- Taiex (Taiwan): alta de 0,78%