Estrangeiros reduzem posição ‘vendida’ em taxa de juros
Investidor estrangeiro reduz posição vendida em taxa de juros
Os investidores estrangeiros reduziram as posições aplicadas no mercado de juros, em termos líquidos, na segunda-feira, 19.
De acordo com a B3, o estoque dos contratos em aberto que estão vendidos em taxas, mas comprados em posições que apostam na queda da Selic (PU), desses players passou de 942.947 para 582.798 contratos em aberto, uma diferença de 360.149 contratos.
Já os investidores locais aumentaram a posição líquida vendida em taxa, passando de 4.559.984 para 4.831.366 contratos em aberto, com mais 271.382 contratos.
Já os bancos reduziram a posição líquida comprada em taxa, com o estoque passando de 5.283.361 para 5.194.626 contratos em aberto, uma baixa de 88.735 contratos.
Expectativas com manutenção dos juros
Toda essa movimentação é reflexo das expectativas dos investidores em relação à decisão do Copom em relação à Selic na reunião que acontece entre hoje e amanhã.
A estimativa é de que taxa básica de juros, a Selic, seja mantida em 13,75% ao ano além do que seja colocado ponto final no ciclo de aperto monetário, iniciado em março de 2021.
A maioria dos analistas e investidores aposta na estabilidade da Selic, apesar do tom mais duro nas manifestações do Banco Central sobre política monetária nas últimas semanas. Uma postura que destoa da linguagem mais branda sobre os possíveis próximos passos na condução monetária, em comunicado após a última reunião, em agosto.
A manutenção da Selic, no entanto, não é uma visão consensual de mercado. Uma ala minoritária não descarta um ajuste final e residual de 0,25%, que arredondaria o juro básico para 14%.
O argumento que move essa expectativa está ligado a dúvidas sobre o encaminhamento da inflação à meta em 2024 - meta central de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual para cima e para baixo.
Qualquer que seja a decisão do Copom, seja pelo aumento residual, seja pela estabilidade, a opinião de especialistas é que, depois dessa decisão, a Selic será mantida nesse patamar até o fim do ano. Até o fechamento de 2022, restam mais dois encontros do Copom, em outubro e dezembro. /Agência Estado