Escritório Acqua-Vero deixa a XP para ter BTG como sócio
A XP perdeu nesta segunda-feira, 17, mais um de seus grandes escritórios de agendes autônomos para seu principal concorrente, o BTG Pactual. A Acqua-Vero, escritório que…
A XP perdeu nesta segunda-feira, 17, mais um de seus grandes escritórios de agendes autônomos para seu principal concorrente, o BTG Pactual. A Acqua-Vero, escritório que administra uma carteira de R$ 8,5 bilhões, anunciou que irá deixar a empresa fundada por Guilherme Benchimol em um prazo de 60 dias, sem informar o destino. Fonte do mercado, no entanto, cravam que o destino será mesmo a plataforma do banqueiro André Esteves.
As tratativas envolvem a entrada do BTG como sócio da Acqua-Vero, após o cumprimento do aviso prévio de 60 dias. Após isso, o escritório iniciará a transição para se tornar uma corretora de valores, processo que estará sujeito a aprovação do Banco Central.
O escritório terá como sócio o BTG, que pretende turbinar a carteira de ativos da Acqua-Vero. A ideia é ampliar a carteira sob custódia para R$ 12 bilhões até final deste ano, investindo principalmente na ampliação de filias. Hoje são 16 unidades. No plano de negócio dos sócios, a empresa buscará lançar 100 novos escritórios pelo País.
Investida do BTG
O movimento de hoje é mais um da série de aquisições do BTG, que desde o ano passado investe na incorporação de escritórios de agentes, sempre com propostas generosas de bonificações e, em alguns casos, plano de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês). No caso da Acqua-Vero, a ideia é fazer o IPO em até três anos.
Em julho do ano passado, a XP perdeu o EQI Investimentos para o BTG, episódio tido como um duro golpe do banco de André Esteves.
Segundo fontes do mercado, o anúncio da saída da EQI da plataforma da XP, no dia 15 de julho de 2020, foi escolhido a dedo para acontecer no mesmo dia da palestra de Benchimol no principal evento da empresa no ano, o Expert XP.
Dois dias depois do anúncio, o presidente da XP teria viajado até Balneário Camboriú (SC), onde é a sede do escritório de agentes autônomos e, segundo relatos de fontes próximas, Juliano Custódio, presidente da EQI, saiu da cidade para não recebê-lo. A reunião com o presidente da XP teria sido realizada com outros sócios.
Segundo relatos do mercado, somente pelo aceito à proposta da BTG, Juliano Custódio teria colocado R$ 50 milhões no bolso. O negócio como um todo teria girado em torno de R$ 200 milhões.
No ano passado, o banco BTG levantou R$ 2,6 bilhões na Bolsa e, desde então, vem conversando com outros escritórios de agentes autônomos.