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Bolsa
Mercado Financeiro

Em semana tumultuada, com furo no teto de gastos e demissões na Economia, Bolsa derrete 7,28% e dólar sobe 3,44%

O mercado viveu uma das semanas mais tensas deste ano com as manobras do governo para furar o teto de gastos e colocar ainda mais em…

Data de publicação:22/10/2021 às 18:09 -
Atualizado um ano atrás
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O mercado viveu uma das semanas mais tensas deste ano com as manobras do governo para furar o teto de gastos e colocar ainda mais em risco o equilíbrio fiscal, que resultaram na saída de integrantes do alto escalão do Ministério da Economia e em especulações da saída do próprio ministro Paulo Guedes. Nessa montanha russa de apreensões, a Bolsa derreteu 7,28% em relação a última sexta-feira, enquanto o dólar disparou 3,44%.

O Ibovespa fechou em queda de 1,34% nesta sexta-feira, 22, caindo aos 106.296,18 pontos. Esse é o menor patamar para o principal índice da Bolsa brasileira no ano. A queda foi até maior ao longo do dia, com o índice marcando a mínima de 102.854 pontos. No entanto, um pronunciamento do presidente ao lado de Guedes serviu para esfriar os rumores de que o chefe da pasta abandonaria seu cargo e ao menos ajudou a estancar a queda do mercado de ações. Guedes aproveitou para anunciar o novo secretário do Tesouro e Orçamento, será Esteves Colnago, ex-ministro do Planejamento no governo Temer.

Foto: Envato bolsa
Foto: Envato

Guedes aproveitou para anunciar o novo secretário do Tesouro e Orçamento, será Esteves Colnago, ex-ministro do Planejamento no governo Temer. Numa clara demonstração de continuidade de seu trabalho à frente da Economia.

O mesmo movimento pôde ser observado na cotação do dólar, que também viveu um dia bastante volátil, chegando à máxima de R$ 5,75 - o maior patamar desde março, pior período da pandemia de covid-19 no Brasil. A moeda americana devolveu parte da valorização registrada no dia e fechou o pregão com alta de 0,15%, cotada a R$ 5,645.

De acordo com Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, a saída do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e sua adjunta, Gildenora Dantas, o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, e seu adjunto, Rafael Araújo, não é uma "grande surpresa", diante do do desconforto dos executivos frente às tentativas do governo de furar o teto de gastos para acomodar o pagamento e reajuste do Auxílio Brasil de R$ 400.

A especialista explica que essa situação ajuda a trazer ainda mais estresse ao mercado, que já está cauteloso há algum tempo com aumento de risco fiscal, ao mesmo tempo em que o teto de gastos é tido como uma âncora fiscal no País. "O nosso arcabouço fiscal indica o comprometimento com a redução do nosso endividamento. Foi o que deu garantia nos últimos anos para o ingresso do investidor estrangeiro para a nossa economia", ressalta Camila.

O cenário vem se deteriorando, em que as projeções para a inflação nesse e no próximo ano sobem a cada semana, diante da expansão dos gastos do governo. Isso deve levar o Banco Central a elevar cada vez mais a taxa de juros numa tentativa de frear a escalada dos preços. Dessa forma, os contratos de juros futuros fecharam em alta generalizada nesta sexta-feira, com variações positivas que ultrapassaram os 60 pontos-base.

A maior alta ficou por conta dos contratos com vencimento para março de 2025, que reportaram valorização de 0,65%, chegando a taxa de 12,24% ao ano. Mas durante as negociações, os contratos mais longos chegaram a subir mais de 1%, e o de vencimento em janeiro de 2031 ultrapassou os 13% ao ano.

O mercado de ações também foi penalizado, com quase todas as ações fechando no vermelho.

O destaque ficou por conta dos papéis dos bancões, que correspondem a cerca de 17% da carteira teórica da B3. Esse segmento da Bolsa é a principal porta de entrada para estrangeiros, pela alta liquidez de suas ações. Assim, a desvalorização observada ao longo do dia pode indicar a saída dos investidores do exterior da B3. Bradesco, Itaú e Santander caíram, respectivamente, 3,76%, 3,84% e 0,45%.

Sobre o autor
Bruna Miato
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