Economia global vai crescer 6% e Brasil, 3,7%, segundo FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) fez leves alterações nas projeções de crescimento do Brasil em 2021. De acordo com o relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, em…
O Fundo Monetário Internacional (FMI) fez leves alterações nas projeções de crescimento do Brasil em 2021. De acordo com o relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, em inglês) de abril, a projeção de crescimento do país para este ano subiu de 3,6%, previsto em janeiro, para 3,7%, alta de 0,1% ponto percentual. Para 2022, manteve a expectativa em 2,6%.
Apesar de ter alterado sensivelmente o cenário, o Brasil ainda deve ter um desempenho menor do que seus pares, segundo o relatório. Para o México, a expectativa é de um crescimento de 5% no ano , alta de 0,7% em relação à janeiro, e de 3% para 2022.
Se comparado aos últimos números divulgados pelo Banco Central no último Relatório Focus, divulgado na véspera – de crescimento de 3,17% na economia do Brasil e 2,33% para 2022 - os números do FMI se voltam para um crescimento um pouco mais expressivo para o país.
Estimativa do PIB Global sobe de 5,% para 6,0%
O rápido avanço da vacinação contra o coronavírus em alguns países, sobretudo nos EUA, e as respostas fiscais e monetárias para mitigar a recessão provocada pela covid-19 levaram o Fundo Monetário internacional (FMI) a elevar a previsão de alta do PIB global para este ano dos 5,5% estimados em janeiro para 6,0% agora.
Os mesmos fatores também contribuíram para o avanço pouco menor, de 0,2 ponto porcentual, da previsão de alta do crescimento internacional para 2022, de 4,2% para 4,4%, destaca o relatório Perspectiva Econômica Mundial de abril.
O órgão estima que o comércio mundial em volume de mercadorias e serviços deverá aumentar 8,4% neste ano, acima da projeção de 8,1% divulgada há três meses. Em relação a 2022, o indicador deve registrar uma alta de 6,5%, superior aos 6,3% previstos anteriormente.
O FMI ressalta que a dinâmica do crescimento global é "incerta", pois na corrida entre a vacinação e a multiplicação de variantes do coronavírus pelo mundo ainda não há um cenário claro sobre quais serão os seus desdobramentos no curto prazo.
O fundo reconhece que existe um processo de imunização em termos internacionais que não é equitativo, já que países avançados têm mais acesso às vacinas, enquanto nações emergentes e de baixa renda enfrentam grandes dificuldades para ter ampla disposição dos imunizantes.
A entidade também defende que a comunidade internacional precisa trabalhar em conjunto para assegurar que nações com restrições financeiras tenham acesso à liquidez global, assim poderão fazer frente às despesas necessárias para recuperar suas economias, sobretudo nas áreas de saúde e infraestrutura. Neste contexto, o FMI defende que o funding de instituições multilaterais seja ampliado. / com Agência Estado