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Economia

Criptomoedas: Onde investir?

Data de publicação:06/03/2024 às 10:22 -
Atualizado 2 meses atrás
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O ano de 2024 promete ser bastante promissor para o mercado das criptomoedas. Com um cenário macroeconômico positivo, com inflação mais controlada e estímulos de crescimento, o apetite ao risco volta para a carteira dos investidores em busca de rentabilidades mais atrativas.

Esse é um contexto positivo para as moedas digitais que, como sabemos, possuem um alto risco que se converte também em grandes potenciais de retorno. Quem nunca ouviu alguma história de alguém que ganhou muito dinheiro com Bitcoin, não é mesmo?

Além disso, este ano deve ser marcado por um novo processo de halving do Bitcoin — no qual a produção da criptomoeda é dividida pela metade e, ao menos de forma histórica, o evento sempre proporcionou ganhos fortes para os detentores dessa criptomoeda.

Diante deste cenário, é natural que cresça o interesse por parte dos investidores em ter uma parcela do seu patrimônio nesta classe de ativos. Mas, afinal, qual seria o melhor caminho para essa alocação? É justamente o que vamos discutir no artigo de hoje.

Onde eu posso investir em criptomoedas?

Assim como acontece em outros mercados de renda variável, não existe uma única forma de investir em criptomoedas. Atualmente, nós temos ao menos três diferentes caminhos para esse objetivo: comprar a moeda digital diretamente ou então alocar o seu capital em fundos ou ETFs que tenham essa prática.

Vamos conhecer um pouco melhor sobre cada um desses caminhos para, em seguida, responder à pergunta central deste texto: qual é a melhor forma de investir em criptomoedas e aproveitar o cenário positivo esperado para 2024?

Fundos de investimentos

A forma mais simples de alocar uma parcela do seu capital ao mercado de moedas digitais é por meio dos fundos de investimentos. Isso acontece especialmente porque se trata de um instrumento que já é conhecido pela população brasileira, que tem como hábito utilizar de fundos em seus respectivos bancos para investir.

Podemos dizer também que os fundos de investimentos também são uma solução mais atrativa para os “marinheiros de primeira viagem” neste mercado das criptomoedas. Isso porque, ao menos no Brasil, a enorme maioria deles oferece a exposição nesta classe de ativos de forma parcial.

O que isso significa na prática? É que eles são, na prática, fundos multimercado que se utilizam de diferentes tipos de ativos, incluindo criptomoedas. É comum que essa composição seja balanceada com a renda fixa, fazendo com que a volatilidade do produto não fique tão agressiva.

No entanto, cuidado: essa não é uma regra e recomendamos sempre a análise completa do fundo antes de investir. O investidor de varejo somente deve ter acesso a fundos com 20% de exposição máxima ao mercado de criptos. Já investidores qualificados ou profissionais podem assumir maiores riscos, por isso é essencial ter a devida atenção ao selecionar uma gestora para o seu dinheiro.

Outro ponto importante em relação aos fundos de investimentos que possuem as criptomoedas é que, também na maioria dos casos, você verá que o trabalho é focado nas duas principais moedas digitais da atualidade: Bitcoin e Ethereum. É bastante incomum encontrar fundos tradicionais com exposição elevada em outros ativos de maior risco deste mercado.

Esse talvez seja o principal ponto negativo de investir em criptomoedas via fundos de investimentos. Você vai acabar ficando bastante restrito em relação às oportunidades, além de, na prática, ter uma alocação elevada em renda fixa — algo que pode fazer diretamente e sem pagar a taxa de administração.

No restante, os prós e contras são similares com outros tipos de fundos. Cotistas, taxa de gestão do capital, terceirização da tomada de decisão e facilidade ao investir são alguns dos tópicos que você encontra neste tipo de investimento.

ETFs

Similares aos fundos de investimentos, outra opção para alocar uma parte do seu capital no mercado de moedas digitais é investir nos ETFs. Essa é a sigla dos Exchange Traded Funds (ou “fundos negociados em bolsa”, na tradução para o português).

Também conhecidos como “fundos de índice”, esse é um produto do mercado financeiro muito comum para quem deseja investir em um índice. Isso não seria viável sem os ETFs, mas é exatamente essa a sua função para o investidor: permitir que ele replique o desempenho de um indicador.

Os ETFs de criptomoedas, por exemplo, vão apenas replicar o performance de índices e indicadores, sendo uma alternativa para exposição ao setor de forma mais clara e objetiva do que acontece no caso dos fundos de investimentos, em que o gestor pode, inclusive, omitir os ativos em carteira por 90 dias.

A variedade de opções não é pequena, considerando que esse é um mercado ainda em crescimento no Brasil. Existem ETFs que replicam a performance do Bitcoin, por exemplo, como o BITH11 ou o QBTC11. Também existem produtos para seguir a performance da Ethereum, outra moeda digital consolidada: ETHE11 ou QETH11.

Gostaria de apimentar um pouco a sua carteira de investimentos e ter exposição a outros projetos menos conhecidos? Uma alternativa é o ETF HASH11. Gerido pela Hashdex, ele replica um índice que possui em sua carteira teórica mais de dez criptomoedas, ponderadas pela liquidez de cada projeto. Naturalmente, há uma maior concentração justamente de Bitcoin e Ethereum, mas você conta também com outras como Solana, Aave, entre outras.

É, portanto, mais fácil de entender onde você está investindo via ETF do que usando um fundo de investimentos. Contudo, ainda assim existem taxas e custos assumidos. Além disso, os ETFs são negociados em bolsa, então o “sobe e desce” do seu preço pode assustar investidores que não estão acostumados com a dinâmica da renda variável.

Corretora de criptomoedas

Por fim, há também a possibilidade de criar conta em uma corretora especializada em criptomoedas. Duas entre as mais famosas são a Binance e a Coinbase.

A diferença aqui é que você é quem vai assumir a tomada de decisão, comprando os ativos digitais que julgar interessante. O acesso a todos os projetos digitais aumenta as oportunidades, como se você estivesse buscando ações na bolsa de valores.

Contudo, é preciso ter amplo conhecimento do mercado para tomar decisões positivas para a sua carteira. Lembre-se de que se trata de um mercado com muita volatilidade e a busca por informações sobre cada projeto digital exige cautela, especialmente para os iniciantes deste mercado.

Afinal, qual é a melhor forma de investir em criptomoedas?

Agora que você conhece as três principais formas de investir em criptomoedas, qual é a melhor maneira de fazê-lo? Tudo depende do seu perfil de investidor.

De forma geral, acredito que o mais recomendado seria investir por meio de ETFs. Como vimos, já temos fundos passivos com diferentes funcionalidades, de modo que fica mais fácil saber quais ativos estão na sua carteira. Além disso, ETFs possuem menores custos do que fundos tradicionais.

Outro ponto positivo é que, ao usar de um ETF, fica também mais clara qual a sua exposição ao mercado de criptomoedas. Em fundos de investimentos, como a maioria é classificado como multimercado, isso se torna um pouco nebuloso.

Abaixo, apenas a título de curiosidade, veja a comparação entre o fundo TR QR Cripto FIM IE com o ETF BITH11. Note como a performance do ETF foi bem acima, pois ele não tem uma “suavização” da renda fixa ou de outros ativos, como pode acontecer nos fundos. Isso não é um problema, mas apenas um cenário que você precisa ter em mente.

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E sobre investir diretamente nas moedas digitais, escolhendo pessoalmente quais delas farão parte da carteira? Neste caso, a menos que você seja realmente um amante das moedas digitais e possua um grande conhecimento, é algo que não recomendo. A seleção dos ativos pode ser um grande desafio para quem ainda está começando nesse mercado.

Portanto, produtos mais simples podem funcionar bem nesse primeiro passo, em especial o uso dos ETFs. Ao longo do tempo, dominando mais esse mercado, aí sim pode ser uma boa ideia ter conta em uma corretora especializada e investir em outros projetos que apresentem um potencial atrativo.

Sobre o autor
Stéfano Bozza
Formado em Administração pela PUC-SP. Trabalhou em empresas do segmento financeiro (Itaú BBA) e varejo (BRMALLS) até 2016, quando iniciou a jornada de produção de conteúdo para a internet com foco em finanças.

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