Mercado de criptomoedas pode viver uma derrocada em 2022, aponta pesquisa
Mais de 30% dos entrevistados apontaram que as críptos não são boa alternativa para a maioria dos investidores de varejo
Após as criptomoedas caírem nas graças do mercado neste ano, os ventos parecem estar mudando de direção. Vários gestores do mercado apontam que essa classe de ativos pode viver uma derrocada em 2022, segundo dados da pesquisa feita pela Natixis Investments Managers e coordenada pela CoreData Research.
De acordo com o levantamento - feito com 500 investidores institucionais de vários países, quatro bancos centrais e mais de 20 fundos soberanos - mais de 30% dos entrevistados apontaram que as criptos não são uma boa alternativa para a maioria dos investidores de varejo.
Enquanto isso, 28% de todos os investidores que fizeram parte da pesquisa afirmaram que investem em criptomoedas – desses, pouco mais de 30% apontaram que planejam aumentar suas alocações em criptos no próximo ano. No total, eles gerenciam ativos no valor de US$ 12,3 trilhões.
As criptomoedas aguçaram ainda mais o apetite ao risco de grandes gestores de fundos e de investidores de renome, que passaram a investir neste ano nesse tipo de ativo. Muitos deles disseram que criptos como o bitcoin poderiam atuar como bons hedges de inflação em meio a um ambiente pesado de estímulos.
Embora a criptomoeda, de forma geral, seja muito volátil, os ganhos obtidos foram significativos. Por exemplo, o Bloomberg Galaxy Crypto Index, cresceu 200% até o momento - somente em 2021.
Na pesquisa, cerca de 40% dos participantes reconheceram as criptomoedas como uma opção de investimento legítima, embora acreditem que as autoridades monetárias ainda precisem criar uma regulação específica para esse tipo de ativo.
Bitcoin na mira
Uma das maiores – senão a maior – criptomoedas, o bitcoin vem sendo alvo de previsões constantes sobre sua derrocada. Porém, a maioria delas não tem tido efeito. Desde que começou suas atividades, a criptomoeda saltou mais de 5.000% nos últimos cinco anos. Na véspera, recuou 3,7%, para US$ 48.685.