Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
Como investir em ações com pouco dinheiro
Renda Variável

Como investir em ações com pouco dinheiro

São vários os fatores que apontam para os investimentos no mercado de ações.  Veja aqui como não ficar de fora. O ano de 2019 começou trazendo…

Data de publicação:09/01/2019 às 10:24 -
Atualizado 4 anos atrás
Compartilhe:

São vários os fatores que apontam para os investimentos no mercado de ações.  Veja aqui como não ficar de fora.

O ano de 2019 começou trazendo alguns temas na lista de prioridades do governo:

  • Abertura da economia;
  • Privatizações;
  • Simplificação e redução da carga tributária;
  • Controle de gastos.

Olhando atentamente, fica claro que 3 dos 4 itens estão diretamente relacionados à realidade das empresas.  O que isso significa?

  • Com a abertura econômica, as empresas terão acesso a novas tecnologias e mercados, competindo em nível global;
  • Quando ocorrem as privatizações, as empresas estatais se tornam mais eficientes e, portanto, se valorizam;
  • O enxugamento de encargos e impostos faz com que todos os negócios se dediquem à sua atividade principal.

Apesar do controle de gastos envolver o governo, quando os investidores percebem que existe um esforço de “colocar a casa em ordem”, eles se sentem mais confiantes para buscar novas oportunidades no país.

Em condições tão favoráveis, em que as taxas de juros tendem a permanecer baixas, é o mercado de ações que oferece as melhores opções de investimento.

Mesmo sendo uma alternativa onde o investidor não sabe o quanto vai ganhar, ela não deve ser descartada, mesmo que seja para pequenos valores.  É sempre melhor ir aos poucos na direção certa do que seguir rapidamente para a direção errada.

O importante é lembrar que esse tipo de aplicação é para o longo prazo.

Se você quer começar, mas não sabe o que precisa fazer, acompanhe esse pequeno roteiro que possui dois objetivos bastante claros:

  1. Ajudá-lo a identificar as pequenas somas que estão sendo desperdiçadas na sua rotina;
  2. Usar esses valores para os seus primeiros investimentos em ações.

Por isso, continue lendo para saber mais sobre:

O que não é dito nos noticiários

Por incrível que pareça, todo mundo tem uma ideia de quanto a bolsa de valores subiu no ano passado.  Afinal, essa informação está em todo lugar: no smartphone, na tela do computador, na TV e no jornal do dia seguinte.

O que pouca gente sabe é porque o número de investidores em bolsa é tão pequeno.  São 766.196 pessoas físicas para um universo de aproximadamente 209 milhões de brasileiros, de acordo com os dados do IBGE.

É verdade que nossa história econômica, principalmente a partir da década de 80, deixou alguns traumas, mas a origem do problema está aqui: a falta de educação financeira, o que dificulta que pessoas comuns possam tomar boas decisões em relação ao dinheiro.

Então, para quem quer começar, esses são os 3 erros mais comuns de quem não consegue dinheiro suficiente para investir:

1. O “aqui” e o “agora”

Nunca foi tão fácil comprar algo compartilhado nas redes sociais.  Basta uma foto e um link para gerar um desejo de consumo e um cartão de crédito para realiza-lo.  Com a alta capacidade de armazenamento na nuvem, não existe qualquer limite para o que pode ser divulgado na internet.

Por outro lado, o dinheiro que alguém dispõe para gastar é bastante limitado.  Assim, não é difícil de entender porque as pessoas, sem nenhum motivo justificado, gastam mais do que ganham.  

Se fazer sobrar já é difícil, como fazer a transição entre uma pessoa que está endividada e um investidor que tem recursos para aplicar?  

Com certeza um aplicativo no seu smartphone, por melhor que seja, não resolve essa questão sozinho.  Veja o motivo.

2. O gosto pelo supérfluo

A Hofstede Insights é uma instituição que faz o levantamento cultural de vários países.  O mais interessante é que ela desenvolveu uma ferramenta que permite a comparação entre os hábitos e costumes de vários países.

Curioso para saber os dados levantados entre os brasileiros? São pessoas que valorizam os símbolos de poder pois acham que eles oferecem status.  Como procuram formas de diferenciação entre os seus semelhantes, esses indivíduos compram, com crédito, para depois pensarem em como vão pagar.  Isso leva ao próximo problema.

3. A vida sem planejamento

Usando a definição do dicionário, planejar é “criar ou elaborar um plano”.

Se sua vida se resume em achar meios de pagar as suas contas:

  • Quando você vai elaborar um plano?    
  • Quando sobrar dinheiro?
  • Quando isso vai acontecer?
  • No mês seguinte?

Percebe que é o mesmo problema do “ovo e a galinha”?  Para começar um planejamento, é preciso um mínimo de capacidade de pensar sobre o seu futuro.  

Quando você não consegue pensar além de hoje, veja as outras consequências que podem deixar o seu “plano de fazer um plano” cada vez mais distante:

  • Contas em atraso: isso sempre acontece quando você não consegue pagar as suas contas em dia.  Os juros cobrados no Brasil ainda são bastante altos para quem paga fora da data;
  • Novas dívidas: as grandes despesas fazem parte da vida de todo mundo (os impostos são alguns dos exemplos mais comuns).  Se você não consegue guardar dinheiro com algum tempo de antecedência, com certeza vai se endividar novamente;
  • Nenhuma reserva de emergência: as coisas acontecem.  O objetivo aqui não é fazer propaganda de companhia de seguros, mas usando a famosa frase: “vai que...”.  Nem todo mundo pode se precaver contra os imprevistos, mas não contar com uma reserva de emergência é o mesmo que gostar de pular no precipício.  

Nesse último ponto, saiba que você não está sozinho: uma pesquisa da associação que representa as principais instituições financeiras do país (ANBIMA) identificou que apenas 15% dos brasileiros guardam dinheiro para emergências.  Lembra da educação financeira? Olha o que a falta dela faz.

Como começar a investir na Bolsa de Valores?

Como começar a investir na bolsa de valores

Guardar dinheiro sem nenhum objetivo pode ser uma das coisas mais difíceis de se fazer na vida.  Você estará abrindo mão de coisas que lhe trazem prazer sem benefício algum. Sabendo que precisará ter mais cuidado com os seus gastos e fazer sobrar, o que quer para si?

Afinal, você acabou de fazer a sua lista de prioridades para o ano.  Qual é a primeira delas? Ela é a mais importante, certo? Se ela não for uma meta impossível, ainda vai sobrar tempo para cuidar das outras.  O importante é manter o foco e escolher uma de cada vez.

Com essa meta em mente, olhe quais são as despesas que não lhe ajudam com o seu objetivo.  Essas são as primeiras a serem eliminadas ou reduzidas.  Se você quer fazer um curso online, precisa viajar todo final de semana?  Veja como essa despesa é incompatível com o seu plano.

Caso esteja endividado, vale o esforço adicional para se livrar dos parcelamentos o mais rápido possível.  Não pense que ao investir em bolsa, você estará “ganhando” para pagar os juros. Procure por algum trabalho que lhe ofereça renda extra e pague as dívidas primeiro.

Dito isso, é hora de entender como funciona o mercado de ações.

Como funciona o mercado de ações

Como funciona o mercado de ações

Ele é o ambiente onde os investidores compram e vendem as suas ações. Usando um exemplo, imagine-se levando o seu carro para um feirão onde compradores e vendedores se reúnem para fazer negócios, ao invés de ter que procurar um comprador sozinho.

Apesar do investidor possuir as ações, são os membros que pertencem à bolsa que fazem os negócios em nome de seus clientes.  Esses membros são as corretoras de valores que, por meio do recebimento de uma taxa da corretagem, cumprem as ordens de compra e venda nas melhores condições possíveis.

As vantagens de um ambiente de negociação, além de colocar todos fisicamente juntos, são dar plenas condições de funcionamento e fornecer informações de forma transparente.  Como os negócios são facilitados e os preços publicados nos painéis de negociação, eles representam uma referência de valor.

Portanto, não existe outra forma de se investir em ações que não seja por meio de uma corretora de valores.  Da mesma forma que se abre uma conta em um banco, deve-se abrir uma conta em uma corretora.

Felizmente, esse processo hoje é bem mais fácil do que há 20 anos atrás.  A chegada das corretoras virtuais ajudou muito nesse processo.

Após algumas formalidades, um login e senha, e a transferência de dinheiro para a sua nova conta, é hora de conhecer como realmente se investe.

Como você vai ver mais à frente, as corretoras são as suas grandes aliadas nessa tarefa.

Comprar ação vale a pena?

Comprar ação vale a pena

Comprar uma ação é possuir parte de uma empresa.  Assim, qualquer um pode se tornar sócio de empresas com bons planos de negócios. Inclusive, fica fácil investir em ações com pouco dinheiro, visto que existe uma grande variedade de ações no mercado.

Em troca, elas oferecem as seguintes vantagens aos seus acionistas:

  • Dividendos: parte do lucro da empresa;
  • Ganho de capital: a possibilidade de valorização do preço da ação, dando a chance de vende-la no futuro a um preço maior.  

Por outro lado, ao contrário dos investimentos em renda fixa, a empresa não se compromete com uma taxa fixa de dividendos ou de valorização de suas ações.  

Eles dependem de variáveis que não estão no controle das empresas como condições econômicas, a chegada de novas tecnologias e a troca de governos, para citar alguns exemplos.

É fato que o mercado de ações exige um pouco mais de atenção por parte do investidor.  

Saber conceitos básicos de como a economia funciona é bastante útil e é aqui que entra a grande contribuição das corretoras: além de reproduzirem matérias dos principais portais de economia e finanças do país, elas elaboram relatórios de pesquisa bastante detalhados.

Porém, isso não o impede que busque informações por conta própria.  A internet é uma excelente ferramenta.

Os sites das principais companhias abertas trazem bastante informação.  Além disso, o Google já pode traduzir qualquer página sem muitas dificuldades.  

Comparar nossas empresas com outros modelos de negócios no exterior ficou bem mais fácil.

Qual a melhor estratégia para investir em ações

Qual a melhor estratégia para investir em ações

Esqueça o personagem do típico especulador americano.  Apesar dos filmes serem ótimos e bastante instrutivos, a realidade para o pequeno investidor é outra.

Como já citado antes, o investimento em ações é para o longo prazo.  Para ganhar, você vai precisar repensar tudo o que viu e ouviu até agora:

  • A disciplina é importante: pequenos valores, investidos mensalmente, somam grandes quantias.  Conhecida como a estratégia de comprar e manter (buy and hold, em inglês), ela permite que o investidor fique com toda a valorização das ações investindo pouco e evitando gastos desnecessários com a taxa de corretagem;
  • Turbinando a sua estratégia: toda vez que receber dividendos, some-os aos valores mensais e compre mais ações.  O efeito na sua riqueza, ao longo dos anos, é inacreditável;
  • As novas oportunidades: todos os dias surgem modelos de negócios inovadores.  Não deixe de investir neles pois, como já provou o prêmio Nobel de Economia, Harry Markowitz, uma carteira de ações de várias empresas gera um retorno maior ao mesmo tempo em que reduz o risco.

Sabendo que o seu objetivo e compor uma carteira com ações de empresas diferentes, atente para a seguinte ordem:

1. Liquidez

Papéis com grandes quantidades de negócios diários apresentam preços bastante justos.  Se levarmos em conta o ambiente favorável para o mercado de ações de um modo geral, a sua primeira posição pode ser em um ETF do índice Bovespa.  

Com o código de negociação BOVA11, é possível comprar as cotas do fundo de índice negociado em bolsa a um preço aproximando de R$ 90,00.  Ao contrário dos fundos de investimento em ações, a taxa de administração é baixa (0,54% ao ano) e os dividendos são reinvestidos automaticamente.

Essa é uma forma bastante acessível de se aplicar nas ações do índice Bovespa.

2. Governança

As empresas que fazem parte do Novo Mercado (NM) são as que oferecem as melhores proteções ao pequeno investidor.  Nesse segmento, só existem ações ordinárias (ON) o que significa que todos os acionistas possuem os mesmos direitos.

Por conta disso, elas são bastante valorizadas, sendo inclusive as preferidas dos investidores estrangeiros.  Como são também muito negociadas, recebem boa cobertura dos analistas das corretoras.

Comprando ações com as melhores perspectivas, você pode aumentar a sua posição total em uma determinada empresa visto que muitas delas também fazem parte do ETF citando anteriormente.  Com a grande quantidade de ações que possuem no mercado, seus preços são também bastante acessíveis.

3. Fase da vida

Se você for jovem e com poucos compromissos financeiros, existe ainda a opção de investir em empresas que não distribuem dividendos.

Normalmente, elas são as que oferecem o maior potencial de crescimento ao longo do tempo, visto que reinvestem todo o lucro nas suas próprias atividades.

Caso essa não seja a sua realidade, selecione empresas que distribuem dividendos com frequência e que complementem a sua renda.  Os dividendos distribuídos são isentos de imposto de renda.   

Conclusão

Para quem quer começar a investir em ações com pouco dinheiro, as condições não poderiam ser melhores.  Ao contrário do que muita gente pensa, qualquer um pode formar a sua própria riqueza.

O dinheiro para aplicar está no seu extrato bancário.  Com um objetivo em mente e tomando boas decisões financeiras, tudo o que você precisa é de uma conta e de uma estratégia de investimentos, amparada nos recursos oferecidos pela sua corretora:

“Uma longa caminhada começa com o primeiro passo.”

O que está esperando? Compartilhe esse conteúdo com mais investidores que você deseja ajudar investir em ações com pouco dinheiro:

Avalie esse texto e nos ajude a melhorar cada vez mais.

Sobre o autor
Nohad Harati
Possui MBA em Finanças e LLM em Direito do Mercado Financeiro (ambos pelo Insper/SP). É gestora de uma carteira proprietária, além de ser responsável por um Family Office.
Mais sobre