Mercado Financeiro

Com atos golpistas em Brasília, Ibovespa abre em queda, mas se recupera

Incertezas políticas pesam na Bolsa e dólar opera em alta de olho em movimentações

Data de publicação:09/01/2023 às 02:08 - Atualizado um ano atrás
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Os atos golpistas realizados em Brasília no domingo, 8, afetaram os negócios na B3 no início do pregão, porque em um primeiro momento aumentaram as incertezas em relação à política brasileira no ano de 2023

No entanto, o alinhamento dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário no combate à continuidade dos episódios, demonstrando solidez das instituições no País permitiram uma reação positiva do mercado, permitindo uma alta de 0,55% do Ibovespa às 16h30.

Ibovespa opera de forma estável nesta segunda-feira, 9 | Foto: Reprodução

O dólar abriu em alta de 0,83% nesta segunda-feira, 9, a R$ 5,27, já marcando máxima, revertendo o início da trajetória mais amena que iniciava no fim da semana passada, quando a divisa americana encerrou em baixa de 2,16% em relação ao real, a R$ 5,23, na maior queda diária desde 31 de outubro de 2022 (-2,54%). Às 16h30, a moeda tinha reduzido a alta a 0,4%, aos R$ 5,26.

A resposta firme do Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF) aos atos golpistas no domingo, 8, em Brasília e o tom positivo no exterior amenizam a alta dos juros futuros e ajudaram na recuperação da Bolsa, nesta segunda-feira, 9. 

“A princípio, com a agenda econômica mais esvaziada nesta segunda-feira, o risco político segue ditando o ritmo do mercado brasileiro, mas pelo impacto econômico e o aumento da intervenção governamental que desagradam o mercado”.
Ariane Benedito, economista especialista em mercado de capitais

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, decretou uma intervenção sobre o governo do Distrito Federal, mais de 300 extremistas foram presos e o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o afastamento por 90 dias do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), do cargo. 

/ Com Agência Estado.

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Sobre o autor
Mari GalvãoRepórter de economia na Mais Retorno