Captação líquida dos fundos despenca 139,5% em 2022, diz Anbima
Os multimercado foram os que registraram maior saída, seguidos pelos de ações e os de renda fixa
A indústria de fundos registrou resgate líquido de R$ 162,9 bilhões em 2022, queda de 139,5% ante o saldo positivo de R$ 412,5 bilhões em 2021, conforme dados divulgados nesta quinta-feira, 5, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O patrimônio líquido do setor chegou a R$ 7,4 trilhões em 2022, o que representa alta de 7,1% na comparação com o ano anterior (R$ 6,9 trilhões).
A classe com maior saída de recursos foi a de multimercados, com resgate líquido de R$ 87,6 bilhões em 2022, seguidos de fundos de ações (resgate líquido R$ 70,4 bilhões) e renda fixa (resgate líquido de R$ 48,9 bilhões).
No lado positivo, os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) tiveram captação líquida de R$ 12,6 bilhões em 2022, acompanhados pelos fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês), que terminaram o ano com o saldo de R $ 366,3 milhões.
Entre ativos que tiveram desempenho positivo, destaque para os títulos de renda fixa que apresentaram um crescimento de R$ 264,3 bilhões no ano. Nesse total estão incluídos letras e Certificados de Recebíveis Imobiliário (CRI) e do Agronegócio (CRA).
Os fundos estruturados encerram o ano com saldo de R$ 1,2 trilhão, expansão de 50% em relação aos R$ 800 bilhões registrados em dezembro de 2020.
Na contramão, os investimentos no exterior por meio de fundos, que podem aplicar até 67% em ativos offshore, tiveram uma redução de 49%, caindo de R$ 70,9 bilhões para R$ 36 bilhões no ano, até novembro de 2022. Nesse período, os resgates totalizaram R$ 26,1 bilhões, e o número de contas caiu 42,3%, a 247,4 mil. / Com Agência Estado