'Call of Duty' pode ser essencial para Microsoft no processo de adquirir a Activision
Operação sofre restrições de órgão regulador do Reino Unido, embora tenha sido aprovado pela União Europeia
A franquia de videogame Call of Duty - indiscutivelmente a mais bem-sucedida de todos os tempos - está no centro do debate sobre se a aquisição planejada por US$ 75 bilhões da Activision Blizzard, proprietária da série de jogos, poderia dar uma vantagem injusta para a Microsoft dominar a indústria de videogames.
Um órgão regulador do Reino Unido mencionou Call of Duty 41 vezes em sua decisão de rejeitar o acordo no mês passado. A Federal Trade Commission (FTC) dos EUA citou o jogo 18 vezes em sua reclamação para anular o acordo em dezembro.
A União Europeia aprovou o acordo este mês, mas somente depois que a Microsoft prometeu permitir que os concorrentes transmitissem Call of Duty e outros jogos da Activision pela nuvem.
O acordo histórico - potencialmente uma das maiores aquisições da indústria de tecnologia de todos os tempos - agora está em perigo por causa da rejeição do Reino Unido. Embora a Microsoft tenha prometido recorrer, os advogados antitruste dizem que será uma batalha difícil de vencer e que tentar fazer um acordo sem o país seria proibitivamente caro e complexo.
A Microsoft e a Activision dizem que o acordo não prejudicará a concorrência e que se comprometeram a licenciar jogos Call of Duty para rivais e permitir que as pessoas transmitam títulos atuais e futuros por meio da plataforma de jogos em nuvem de sua escolha.
Ao contrário dos jogos de console, marcado pela competição forte entre o Xbox da Microsoft e o Playstation da Sony, os jogos em nuvem têm muitos concorrentes em potencial. Alguns reguladores argumentam que não ter acesso ao Call of Duty tornaria qualquer rival na nuvem incapaz de disputar usuários./AGÊNCIA ESTADO