Brasil tem 184 mil novas vagas com carteira assinada em março, segundo Caged
Após a criação recorde de 395.166 vagas em fevereiro – dado revisado nesta quarta-feira, 28 – o mercado de trabalho formal brasileiro registrou um saldo positivo…
Após a criação recorde de 395.166 vagas em fevereiro - dado revisado nesta quarta-feira, 28 - o mercado de trabalho formal brasileiro registrou um saldo positivo 184.140 carteiras assinadas em março, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia pela manhã.
O volume de vagas criadas superou a mediana das projeções do mercado, que era de 150 mil vagas, assim como a desaceleração no número de novos postos de trabalho perante ao mês anterior.
O resultado do mês passado decorreu de 1,608 milhão de admissões e 1,423 milhão de demissões. Em março do ano passado, em meio ao lockdown nacional devido à primeira onda de covid-19, houve fechamento de 276.350 vagas com carteira assinada.
Boa parte do mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês. No acumulado dos três primeiros meses de 2021, ao saldo do Caged é positivo em 837.074 vagas. No mesmo período do ano passado, a criação líquida de vagas foi de 108.825 postos formais.
De acordo com o ministério, 3,152 milhões de trabalhadores seguiam com garantia do emprego em março graças às adesões em 2020 ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm).
Para cada mês de suspensão ou redução de jornada no ano passado, o trabalhador tem o mesmo período de proteção à sua vaga. O programa foi relançado nesta terça-feira, 27, por meio de Medida Provisória, por mais quatro meses em 2021.
'Economia está de pé novamente'
Na véspera, Paulo Guedes afirmou que o resultado do Caged seria positivo. “A economia está de pé novamente”, disse. Apesar das expectativas otimistas, o ministro anunciou o relançamento de medidas emergenciais para combater os efeitos econômicos da pandemia.
Entre eles está o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda (Bem), que permite a redução de jornada e salário e suspensão do contrato, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro no dia anterior, e o programa de crédito a micro e pequenas empresas (Pronampe).
Metodologia
Desde janeiro do ano passado, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para as empresas, o que traz diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores.
Na metodologia anterior (de 1992 a 2019), o melhor resultado para março na série sem ajustes havia sido em 2011, quando foram criadas 280.799 mil vagas no terceiro mês do ano. / com Agência Estado