Renda Variável

Bolsas da Europa fecham em baixa, com quadro na China impulsionando cautela

Preocupação é com impacto econômico global com novo lockdown chinês

Data de publicação:25/04/2022 às 02:50 - Atualizado 3 anos atrás
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As bolsas da Europa registraram queda, nesta segunda-feira, 25, com o apetite por risco em geral nos mercados globais prejudicados pelo noticiário da China. O fato de que autoridades locais realizam testes em massa contra covid-19 e limitam movimentações em algumas localidades gerava temor sobre eventuais impactos econômicos.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 1,81%, em 445,11 pontos.

Ampliação de lockdown na China afetam bolsas da Europa - Foto: Envato

A partir da imprensa estatal, a Reuters reportou que moradores de uma área do distrito de Chaoyang, em Pequim, não devem deixar o local, exceto por razões essenciais.

A emissora local CGTN disse que Pequim expandiu os testes em massa contra a covid-19 para outros 11 distritos, além do citado.

A presença do vírus na China e a política local de "covid zero" geram preocupações sobre o impacto econômico desse quadro entre investidores, o que pressionava mercados acionários pelo mundo nesta segunda-feira.

A Stifel afirma que há o temor de um lockdown mais abrangente em Pequim, mas nota que as restrições nas áreas afetadas devem ser relaxadas após o regime de testes previsto para até o dia 27 de abril.

Abertura negativa nas bolsas da Europa

Nas bolsas europeias, a abertura já foi negativa, com o noticiário da China deixando em segundo plano a política da França, com a reeleição do presidente Emmanuel Macron.

Na agenda local, o índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha subiu de 90,8 e março a 91,8 em abril, quando analistas previam queda a 89,1 pontos.

Para o Commerzbank, mesmo com a melhora do Ifo, o sentimento das empresas no país está em nível similar a quadros anteriores de recessão.

A Capital Economics, por sua vez, disse que o dado não mudou sua expectativa para contração na economia alemã no segundo trimestre. O Morgan Stanley, por sua vez, revisou em baixa sua projeção para o crescimento da zona do euro neste ano, de 3,0% a 2,7%.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em baixa de 1,88%, em 7.380,54 pontos. O setor de energia esteve sob pressão, com o quadro na China penalizando o petróleo. BP teve queda de 6,18% e, entre as mineradoras, Antofagasta caiu 3,31% e Anglo American, 6,85%.

Em Frankfurt, o índice DAX recuou 1,54%, a 13.924,17 pontos.

Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 caiu 2,01%, a 6.449,38 pontos. A ação da Vivendi foi na contramão da maioria e subiu 0,35%, após a empresa publicar balanço.

Em Milão, o índice FTSE MIB registrou queda de 1,49%, a 23.917,36 pontos.

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,90%, a 8.574,60 pontos.

Em Lisboa, o índice PSI 20 fechou em baixa de 1,04%, a 5.940,19 pontos. /Agência Estado

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