Mercado Financeiro

Bolsa opera em forte queda, após dados de inflação nos EUA; índice volta aos 113 mil pontos

Em dia de aversão ao risco, bolsas internacionais despencam e dólar dispara

Data de publicação:13/10/2022 às 10:43 - Atualizado 2 anos atrás
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Nesta quinta-feira, 13, pós-feriado, a Bolsa recua 1,37%, a 113.257 pontos pontos. O dólar opera em forte alta de 1,26%, cotado a R$ 5,33. O mercado brasileiro segue as bolsas internacionais após dado de inflação nos EUA acima das expectativas. Papéis do setor financeiro são destaques negativos na Bolsa. Ações da B3 caíam 3,62%, Itaú recuava 0,76% e Bradesco perdia 1,89%, por volta das 10h37.

Os papéis da Vale e Petrobras, que também têm forte peso no índice, recuam 2,26% e 0,70%, respectivamente. Em dia de dados de inflação nos EUA, os investidores monitoram qual deve ser a magnitude do aumento de juros pelo Federal Reserve na próxima reunião de política monetária, trazendo volatilidade aos ativos de risco.

Foto: Reprodução

Bolsas internacionais

Em Wall Street, mercado americano despenca com a perspectiva de aumento de juros pelo Federal Reserve, com preços muito acima das expectativas. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuam 1,74%, 2,31% e 3,05%, respectivamente. Bolsas na Europa seguem mesma tendência e recuam mais de 1,5%.

"Os dados fizeram com que, no momento da divulgação, o dólar disparasse e entrasse em leilão. O nosso índice despencou e entrou em leilão também seguindo as bolsas internacionais, que também caíram. Já os retornos dos Treasuries subiram muito lá fora. Então, vemos um cenário de volatilidade e incerteza muito grande. A gente tinha uma previsão de alta de 75 pontos base na próxima reunião do FED. E agora, ficou cada vez mais certo que o Fed irá fazer realmente essa alta. Bolsas lá fora também despencaram com os dados fora do esperado"

Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta, à medida que investidores demonstraram cautela antes de novos dados de inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos./ Com Agência Estado.

Sobre o autor
Mari GalvãoRepórter de economia na Mais Retorno