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Renda Variável

Bolsa de Valores: investir em ações ou fundos de ações?

O que é melhor: investir em ações ou fundo de ações? Essa é uma dúvida comum dos iniciantes na Bolsa de Valores, pois são modelos diferentes…

Data de publicação:07/07/2020 às 09:00 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que é melhor: investir em ações ou fundo de ações? Essa é uma dúvida comum dos iniciantes na Bolsa de Valores, pois são modelos diferentes de trabalhar com o seu patrimônio no Mercado de Capitais.

Desde já, adiantamos que não há uma resposta única. Cada formato tem suas vantagens e desvantagens, permitindo que você explore as oportunidades de acordo com o seu perfil de investidor.

Não há, inclusive, uma obrigatoriedade de escolha: podemos usar as duas modalidades. Para ajudá-lo nesta tomada de decisão, vamos explorar esses formatos para investir na Bolsa de Valores.

O que são fundos de ações?

Os fundos de ações são um dos formatos existentes de fundos de investimentos no Brasil. Neste caso, há obrigatoriedade de ter ao menos 67% do patrimônio alocado em ações. Se isso não for cumprido, o fundo não pertence a essa classificação.

Assim como em outros fundos de investimentos, os fundos de ações funcionam de maneira similar a um condomínio. Ou seja, diversos investidores colaboram financeiramente para investimentos direcionados por um gestor especializado. Os retornos são proporcionais à participação de capital, algo definido pelo que se chama de cotas.

Em suma, portanto, ao usar dos fundos de ações para investir na Bolsa de Valores você estará delegando as tomadas de decisão para um gestor. É como se você terceirizasse a compra das ações para um especialista.

Quais as vantagens dos fundos de ações?

A grande vantagem de investir em fundos de ações está justamente no gestor. Além de ser especializado na tomada de decisão de investimentos, eles possuem uma robusta equipe de análise, ajudando a escolher bons papéis na Bolsa de Valores, algo que tende a ajudar na maximização de resultados.

Enquanto investidor individual, você poderá fazer diversas análises. No entanto, dificilmente conseguirá atingir um grau de qualidade dos fundos de ações, até mesmo em função dos recursos e ferramentas disponíveis.

Outro ponto interessante dos fundos de ações é consequência do primeiro: a informação qualificada. A mesma equipe se reúne diretamente com diretores das companhias onde investem. Você, enquanto investidor individual, dificilmente terá esse tipo de contato mais próximo.

Por fim, podemos ainda mencionar outros três benefícios que podem agradar: a menor influência do seu emocional (já que não é você quem toma decisões), a fácil diversificação em diferentes companhias e a tranquilidade de não precisar ficar acompanhando tão de perto das notícias do Mercado Financeiro.

Quais as desvantagens dos fundos de ações?

Uma das principais reclamações de investidores está na famosa taxa de administração. Essa é uma remuneração cobrada sobre os rendimentos para pagamento dos gestores e da equipe do fundo. Ou você pensou que toda equipe estaria atuando com o seu dinheiro gratuitamente?

No entanto, isso não é um problema, mas algo justo (desde que o trabalho seja bem feito, claro). O time de gestão do fundo de ações vai oferecer toda experiência e conhecimento técnico e, em troca, uma parte dos patrimônio investido fica com eles. No geral, fundos de ações cobram 2% de taxa de administração.

Além disso, pode haver também a cobrança de taxa de performance. Normalmente, ela é de 20% e cobrada apenas sobre valores que excederem o resultado de um benchmark. Novamente, não é uma cobrança exatamente ruim, mas um estímulo para a gestão buscar resultados melhores. Você só paga essa taxa se o retorno for acima da média do mercado, o que significa que isso só ocorre quando há ganho de capital acima do esperado.

Um ponto um pouco mais complexo é o funcionamento do próprio fundo. Enquanto cotista, você não participa das escolhas de companhias que farão a composição do portfólio. Sendo assim, pode ter seu dinheiro alocado em empresas que não gostaria.

Finalmente, há um problema de resgate e liquidez. Boa parte dos fundos de ações trabalha com prazo de resgate em 30 dias. Assim, os gestores tem tempo hábil para poder devolver o dinheiro dos cotistas sem prejudicar a estratégia utilizada na Bolsa de Valores e outros cotistas que permanecerem no fundo. Se houver urgência no recebimento, contudo, isso pode ser um problema.

Investir em ações: como funciona?

Se algum dos pontos de desvantagem é algo que te incomoda nos fundos de ações, a alternativa está em investir em ações diretamente. Ou seja, criando uma conta em uma corretora, abrindo seu Home Broker e comprando (ou vendendo) seus ativos preferidos na Bolsa de Valores.

Na prática, o processo é bem simples. No entanto, especialmente para um iniciante, pode ser mais difícil tomar as próprias decisões de investimentos. Novamente, existem prós e contras. Vamos entender quais são eles.

Quais as vantagens de investir em ações?

Para quem deseja atuar de maneira independente na Bolsa de Valores, o primeiro benefício é a liberdade. Você não fica preso ao gestor de um fundo de ações, podendo escolher as companhias que farão parte da sua carteira, assim como a estratégia utilizada.

Em segundo lugar, vale mencionar que é mais fácil se posicionar no Mercado Financeiro atuando individualmente. Fundos de ações precisam lidar com altos valores e, portanto, nem sempre é prático comprar e vender os ativos pelo volume de capital — especialmente ao explorar as pequenas empresas, negócios com pouca liquidez na Bolsa de Valores.

Para quem se incomoda com taxas, esse é mais um fator interessante. Ao investir em ações individualmente, você só terá que se preocupar com as taxas cobradas por operação pela sua corretora, conhecidas como taxa de corretagem.

Há também um benefício no Imposto de Renda. Investidores individuais possuem isenção de cobrança para vendas com volumes inferiores a R$20 mil por mês. Essa vantagem não existe para os fundos de ações, tributados sempre em 15% nos seus lucros.

Quais as desvantagens de investir em ações?

Investir de maneira independente na Bolsa de Valores traz um cenário basicamente oposto a terceirizar as decisões para um gestor. Sendo assim, o principal ponto de risco é o controle emocional. Enquanto gestores estão habituados com as negociações e variações de preços, para você pode não ser tranquilo ver o capital desvalorizando.

Lembrando que, no Mercado Secundário, nem sempre há racionalidade nos valores negociados. Se você se desespera em momentos de crise, isso será um grande problema para manter a calma. Em 2020, por exemplo, vimos rapidamente o Ibovespa desvalorizando em 50%

Além disso, como talvez seja um pouco óbvio, ao investir em ações por conta própria, você não tem as mesmas condições técnicas e de informação que os grandes fundos de ações possuem. Isso, sem dúvidas, converte-se em uma desvantagem.

Por fim, vale mencionar que investir individualmente requere muito mais estudos e tempo disponível para analisar e escolher as ações que vão compor a sua carteira, algo que em um fundo você já estaria pagando alguém para fazer por você.

Afinal, qual a melhor forma de investir na Bolsa de Valores?

Como vimos ao longo do artigo, temos duas ótimas formas de investir na Bolsa de Valores. De um lado estão os gestores especializados com seus fundos de ações, enquanto de outro estão as corretoras e os investidores individuais.

A grande resposta que você deve buscar está em relação aos seus objetivos. Há disponibilidade de tempo para acompanhar o Mercado Financeiro? Se não, talvez seja melhor escolher um bom fundo de ações e deixar que especialistas cuidem do seu capital.

Outro ponto interessante é o seu nível de experiência. Como iniciante, novamente os fundos de ações aparecem como uma excelente alternativa. No entanto, para investidores mais experientes, talvez a limitação seja um problema.

Por fim, reforçamos o que adiantamos lá no começo do artigo: você pode usar dos dois formatos para investir na Bolsa de Valores. Ou seja, uma parte da alocação pode ser nos fundos de ações, enquanto outra parcela fica para investimentos diretos de acordo com os seus objetivos e estratégias.

Lembrando que, caso você ainda esteja começando a trabalhar com essa classe de ativos, nós te ajudamos a dar os primeiros passos através do nosso e-book 12 Pilares que todo Investidor de Ações deve conhecer, que você pode baixar gratuitamente clicando aqui.

Agora conta pra gente, qual a sua opinião sobre esse assunto? Prefere investir por fundos ou diretamente em ações? Comenta aqui embaixo!

Sobre o autor
Stéfano Bozza
Formado em Administração pela PUC-SP. Trabalhou em empresas do segmento financeiro (Itaú BBA) e varejo (BRMALLS) até 2016, quando iniciou a jornada de produção de conteúdo para a internet com foco em finanças.
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