Banco do Brasil (BBAS3): Vale o risco estatal?
O banco divulgou resultados fortes no último trimestre e analistas esperam ainda mais crescimento
O Banco que tem a união como acionista controlador, foi o primeiro a começar a atuar no País, com cerca de 211 anos de história contribuindo para o desenvolvimento do Brasil, e foi a primeira empresa pública a fazer um IPO.
O Banco do Brasil divulgou um lucro líquido ajustado de cerca de R$6,6 bilhões no primeiro trimestre de 2022, o resultado apresenta um crescimento de 11,5% em relação aos números do trimestre anterior e um salto de 34,6% sobre um ano antes. Além disso, o número veio acima do consenso de mercado da Bloomberg, que apontava um lucro de R$ 5,2 bilhões.
Após o balanço positivo, analistas do Itaú BBA reafirmaram como sua ação favorita no setor financeiro, elevando o preço alvo de R$42 para R$47. Ainda segundo os especialistas, as ações da instituição operam nos preços mais descontados em relação aos pares nos segmentos de bancos. Além disso, vale analisar que a ação está sendo negociada cerca de 18,5% abaixo da sua média histórica do múltiplo P/L.
Vantagens e riscos de investir no Banco do Brasil
O Banco do Brasil tem uma carteira de crédito mais conservadora, pois ela está mais exposta ao setor de agronegócio e às grandes empresas, onde a inadimplência é sensivelmente menor. Já que, em geral, os financiamentos ligados ao agronegócio possuem garantia real (os hectares de terra acabam garantindo a dívida), reduzindo assim o risco.
Entretanto, vale sempre ressaltar o risco político presente, ainda mais em um ano eleitoral, sobre isso os analistas afirmaram:
"O mercado sempre negociou os papéis do Banco do Brasil com desconto em relação a outros bancos brasileiros de grande capitalização. Normalmente, os fatores para ‘culpar’ isso são um ROE mais baixo e o risco de interferência na política. O nível desse desconto, no entanto, flutuou significativamente ao longo do tempo".