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Mercado Financeiro

Balanços de empresas e CPI da covid-19 estão no radar dos investidores nesta semana

O mercado financeiro começa a semana que fecha abril com o interesse dirigido a dois pontos: ao início da temporada dos balanços trimestrais, que tem prevista…

Data de publicação:26/04/2021 às 08:22 -
Atualizado 3 anos atrás
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O mercado financeiro começa a semana que fecha abril com o interesse dirigido a dois pontos: ao início da temporada dos balanços trimestrais, que tem prevista uma agenda de divulgação para esta semana, e às movimentações finais, com a indicação do presidente e do relator, para a instalação da CPI da pandemia no Senado.

Para especialistas, a instalação e o início dos trabalhos da CPI têm potencial para gerar instabilidade nos mercados, com oscilações mais acentuadas nos mercados de ações e de dólar.

Movimentação da CPI da covid-19 promete mexer com o mercado financeiro nesta semana - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

A safra de balanços trimestrais começou na última sexta-feira, com a divulgação do resultado do primeiro trimestre de Usiminas, em que a siderúrgica mineira reverteu o prejuízo do balanço anterior para lucro.

Um resultado acima do esperado que, segundo especialistas, animou a Bolsa e lançou expectativas sobre os dados de balanços que serão conhecidos daqui para a frente.

O head de Renda Variável da Veedha Investimentos, Rodrigo Moliterno, diz que os balanços darão uma ideia de como se comportou a economia real no primeiro trimestre.

Ideia que os dados oficiais mais macros ou gerais, já conhecidos e não raro contraditórios, não conseguiram traduzir de forma suficientemente clara.

Para Moliterno, o desfecho para o impasse do Orçamento, que passou por algumas alterações para a sanção presidencial, pode ser visto como ponto positivo.

Mas, como em uma novela, pode reservar ainda novos capítulos para quem se preocupa com o equilíbrio das contas públicas ou com o respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal

“A sanção pelo presidente alivia um pouco o cenário de incertezas, mas o mercado financeiro vai ficar de olho na execução do Orçamento”, afirma o executivo da Veedha Investimentos.

Investidores estarão atentos para ver se o governo não está se valendo de brechas para driblar o teto de gastos.

Covid-19: mais casos em 2021 do que no ano passado

Com a explosão de infecções e o colapso do sistema de saúde nas últimas semanas, o novo coronavírus já fez mais vítimas no Brasil em 2021 do que em todo o ano passado. De janeiro até ontem, foram 195.949 mortes pela doença, ante 194.976 em 2020. No total, são 390.925 óbitos, o segundo maior país com mais perdas.

No dia anterior, foram registradas 1.316 mortes nas últimas 24h, segundo o consórcio de imprensa. O País registrou na última semana ligeira redução na média de mortos pela covid, mas ainda em patamar elevado, perto de 2,5 mil registros.

Especialistas temem que o recente relaxamento das restrições estenda o período agudo da crise sanitária e imponha nova pressão sobre os hospitais. Redes de saúde em várias regiões têm sofrido com mortes de pacientes na fila por leitos, falta de remédios do kit intubação e irregularidade no abastecimento de oxigênio.

Na negociação do Orçamento, o Ministério da Economia limitou verbas para vacinas, kit intubação e custeio de leitos pedidas pela Saúde. A pasta de Paulo Guedes questionou sobre "arrefecimento da crise". Porém, os especialistas ainda não veem queda consistente de casos.

Em entrevista coletiva no último sábado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que “não faltará recursos para a área responsável pelo combate à pandemia no País”. “Sempre temos um bom diálogo com Guedes, que me assegurou que não faltaria recursos para a Saúde”, afirmou.

O ritmo de vacinação, por outro lado, continua lento. Na semana passada, o Ministério da Saúde apresentou um cronograma com 31% menos doses de imunizantes para maio. A redução, entre outros motivos, se deu pela retirada do plano oficial das vacinas russa Sputnik V e da indiana Covaxin, que ainda não têm registro no Brasil.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúne nesta segunda-feira para decidir se autoriza a importação da Sputnik.

Reforma tributária: primeira versão do texto em maio

Outro assunto que chama a atenção dos investidores é a reforma tributária, que começa a dar seus primeiros sinais de avanço. O presidente da Câmara, Arthur Lira, declarou no último final de semana em sua conta no Twitter que uma versão inicial do texto da reforma será divulgada no dia 3 de maio.

O texto, que reúne uma versão da Câmara, uma do Senado e uma do governo federal sobre as mudanças no sistema de tributação do País está parado no Congresso.

Para alguns parlamentares, a retomada da reforma tributária por Lira nesse momento é também uma forma da Câmara manter o protagonismo, sob a gestão de Lira, enquanto o Senado irá iniciar os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que promete ser o centro das atrações políticas do País pelos próximos meses.

Futuros de Nova York seguem com sinal indefinido

Em Wall Street, os contratos futuros negociados nas bolsas de Nova York trafegam sem sinal único nesta segunda-feira, que dá início a uma semana agitada. Investidores seguem monitorando vários assuntos, como a reunião do Fed (Federal Reserve, o banco americano), a estreia do Plano das Famílias Americanas, mais dados sobre a inflação e a divulgação de resultados de empresas.

Para Mauro Morelli, estrategista da Davos, não se espera nenhuma mudança, seja na política da taxa de juros. Além disso, o pacote de crescimento do país e o aumento de impostos para os mais ricos, voltam à discussão, o que deve, segundo ele, trazer boas e más notícias para o mercado.

Os investidores acompanham a nova leva de balanços trimestrais, que inclui um terço das empresas – ao todo, 181 companhias - que compõem o índice S&P 500.

Os resultados das companhias serão indicativos de como a reabertura econômica está afetando seus negócios.

Nesta segunda-feira, a Tesla apresenta seus números, que devem trazer os reflexos de uma fase de vendas recordes, com mais de 185 mil veículos vendidos nos três primeiros meses do ano. Por outro lado, a companhia vem enfrentando questões sobre a segurança de seus veículos, após um acidente no Texas e protestos na China.

Na próxima terça-feira é a vez da Microsoft e Alphabet divulgarem seus resultados após o fechamento do mercado. Junta-se a elas as empresas Visa, United Parcel Service e Starbucks.

Na quarta-feira, a Apple divulga seus números. A fabricante do iPhone e do iPad viu o quarto trimestre ser o seu mais lucrativo, impulsionado pelo lançamento do iPhone 12, que tem acesso ao 5G. De acordo com o FactSet, analistas estão estimando que as vendas da empresa disparem 32%, a US$ 76,7 bilhões.

Na mesma esteira, o Facebook apresenta seus números. A empresa teve receitas recorde no último período e falou sobre as rusgas cada vez maiores com a Apple.

Mark Zuckerberg disse à época que a Apple é uma de suas maiores competidoras. As vendas da empresa devem subir 34%, a US$ 23,7 bilhões. Spotify, Ford, Boeing e Qualcomm também divulgam números neste dia.

Já na quinta-feira, Amazon deve anunciar um aumento de 39% em suas receitas, para mais de US$ 104 bilhões. Seria o segundo trimestre consecutivo com o indicador passando de US$ 100 milhões.

A companhia se beneficiou da forte demanda por e-commerce na pandemia e também dos seus negócios de computação em nuvem, com empresas comprando serviços de software e capacidade em servidores. Neste mesmo dia, as empresas Mastercard, Comcast e Caterpillar também trazem

Na sexta-feira, duas gigantes do setor de energia, Exxon Mobil e Chevron trazem seus resultados ao mercado. As duas companhias estão tentando superar um dos anos mais complicados na história da indústria do petróleo e gás.

A pandemia deprimiu a demanda por combustíveis fósseis em um momento no qual o setor enfrenta desafios como a escalada dos automóveis elétricos, a proliferação de energia renovável e o aumento nas preocupações sobre os impactos ambientais de suas operações.

As receitas das empresas que compõem o S&P 500 devem crescer 33,8% na comparação anual, de acordo com estimativas da FactSet.

A porcentagem seria o maior crescimento desde o terceiro trimestre fiscal de 2010. No entanto, a comparação agora é mais favorável, uma vez que ano passado as empresas foram prejudicadas com a pandemia. Já o lucro no trimestre deve aumentar 7,5%, na comparação anual, segundo a FactSet.

Pandemia na Índia: Estados Unidos sinalizam ajuda

Além do Brasil, a Índia também está enfrentando dias difíceis com a pandemia da covid-19. Segundo dados do ministério da Saúde do país, foram registradas 2.624 mortes por causa da doença nas últimas 24 horas.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse no último final de semana, por meio de sua conta no Twillter, que o país dará apoio à Índia no combate à covid-19.

O total de infectados no país subiu para mais de 16 milhões e as mortes já somam mais de 189,5 mil.

Bolsas asiáticas fecham sem sinal único

As ações asiáticas encerraram o pregão desta segunda-feira sem direção única, a exemplo dos futuros americanos e os recém-abertos mercados da Europa.

O japonês Nikkei subiu 0,36% em Tóquio hoje, aos 29.126,23 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,99% em Seul, aos 3.217,53 pontos, e o Taiex se valorizou 1,57% em Taiwan, aos 17.572,29 pontos.

Na China, os mercados se enfraqueceram nesta segunda, à medida que ações de siderurgia e de energia renovável foram alvos de realização de lucros, após fortes ganhos na semana passada. O Xangai Composto registrou baixa de 0,95%, aos 3.441,17 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,75%, aos 2.281,30 pontos.

O dia foi de perdas também em Hong Kong, onde o Hang Seng caiu 0,43%, aos 28.952,83 pontos, pressionado por papéis de montadoras.

A preocupante situação da covid-19 na Ásia, em especial na Índia e no Japão, também inspira cautela.

Na Oceania, a bolsa australiana encerrou a sessão em baixa moderada, após oscilar entre pequenos ganhos e perdas. O S&P/ASX 200 cedeu 0,21% em Sydney, aos 7.045,60 pontos. / com Júlia Zillig e Agência Estado

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Tom Morooka
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