Ações da Virgin Galactic despencam um dia após voo espacial; empresa planeja vender US$ 500 milhões em ações

Um dia depois de realizar o primeiro teste de voo espacial com tripulação completa para fins comerciais, a Virgin Galactic Holdings, empresa do bilionário Richard Branson, vive um pregão de queda acentuada nas bolsas de Nova York. A desvalorização veio após a companhia anunciar que planeja vender US$ 500 milhões em ações.

Às 14h13, os papéis da empresa contabilizavam perda de 14,63%, vendidos a US$ 42.

De acordo com a agência Reuters, na pré-abertura do mercado as ações da Virgin Galactic apresentavam ganhos de 8%, principalmente com o entusiasmo dos investidores pela missão bem-sucedida na véspera.

No entanto, o bom-humor deu lugar à cautela com o anúncio da venda do valor milionário em papéis da companhia. A queda no preço das ações neste pregão já reduziu a avaliação de mercado da empresa em mais de US$ 1 bilhão.

A empresa busca arrecadar fundos para investir em mais voos espaciais. A analista financeiro da AJ Bell, Danni Hewson, disse em entrevista ao portal americano Sky News que "o momento do anúncio foi cuidadosamente administrado para aproveitar ao máximo o entusiasmo gerado pelo lançamento e retorno seguro".

De um ano para cá, a Virgin Galactic teve uma valorização em torno de 70% no preço de seus papéis. Em 12 de julho de 2021, uma ação da companhia custava US$ 24,30.

Corrida espacial

Richard Branson saiu na frente do fundador da Amazon, Jeff Bezos, se tornando o primeiro empresário a viajar em uma espaçonave desenvolvida pela própria companhia. Bezos também é dono da Blue Origin, empresa privada de astronáutica.

O voo espacial para fins comerciais se tornou objeto de desejo entre os bilionários. Depois de Branson, Bezos planeja visitar o espaço no próximo 20 de julho, aniversário de 52 anos da primeira vez que o homem pisou na lua.

A Virgin Galactic pretende iniciar viagens espaciais para turistas em 2022, com passagens que podem chegar até US$ 250 mil.