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Vantagem Comparativa

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:26/06/2020 às 16:18 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que é Vantagem Comparativa?

Vantagem Comparativa é um conceito da economia proveniente da teoria das vantagens comparativas, relevante para a teoria do comércio internacional moderno. A vantagem comparativa está associada ao custo de oportunidade enfrentado por um país para a produção de determinado bem.

Entendendo a Vantagem Comparativa

A noção de uma vantagem comparativa surgiu há mais de dois séculos, com o trabalho do economista britânico David Ricardo

Até então, o pensamento geral era de que os países deveriam se especializar na produção dos bens que produzem melhor; essa é a vantagem absoluta.

Ao falar em vantagem absoluta, consideramos a produtividade, observando quantas horas são necessárias para produzir uma unidade de um certo bem. Quanto menos horas, maior a produtividade e a vantagem absoluta.

Porém, David Ricardo introduziu uma nova forma de pensar no assunto: os países devem produzir aquilo que apresenta menor custo de oportunidade.

Para produzir um bem, o país "perde a chance" de produzir outro. Esse é o custo de oportunidade.

Para achar a vantagem comparativa, cada país em uma relação comercial deve avaliar o que ele perde para produzir o bem A ou o bem B, e especializar-se na produção do bem em que a perda é menor.

Assim, avaliar o custo de oportunidade exige fazer uma comparação envolvendo diferentes países e produtos. Daí o termo: vantagem comparativa.

Como entender a vantagem comparativa com um exemplo?

David Ricardo explicou esse conceito com um exemplo hipotético. Ele comparou Portugal e Inglaterra para a produção de dois bens, vinho e roupa. 

Suponha que Portugal precisa de 90h para produzir 1 unidade de vinho e 80h para produzir uma unidade de roupa. Enquanto isso, Inglaterra precisa de 100h para produzir 1 unidade de vinho e 120h para produzir 1 unidade de roupa.

Portugal tem a vantagem absoluta em relação à roupa, já que precisa de menos horas para produzi-la, e Inglaterra tem a vantagem absoluta em relação ao vinho. 

No entanto, para produzir 1 unidade de roupa, Portugal abre mão de produzir 1,125 unidades de vinho; enquanto isso, Inglaterra abre mão de produzir apenas 0,83 unidades de vinho. Ou seja, o custo de oportunidade da produção de roupas é menor para a Inglaterra.

Portanto, Inglaterra tem a vantagem comparativa na produção de roupas. Se fizermos o mesmo cálculo para a produção de vinho, veremos que Portugal tem a vantagem comparativa na produção desse bem.

Dessa forma, o melhor arranjo para a Inglaterra é concentrar seus esforços na produção de roupas e comprar vinho de Portugal. O melhor arranjo para Portugal, por sua vez, é concentrar seus esforços na produção de vinho e comprar roupas da Inglaterra.

O exemplo de David Ricardo permite entender o conceito de vantagem comparativa, mas é importante recordar que, na realidade, cada país produz uma enorme variedade de bens; e que as relações de comércio internacional não ocorrem apenas entre dois países, mas envolvem várias partes. Portanto, a aplicação prática dessa teoria tem uma complexidade significativa.

Quais são as críticas à vantagem comparativa?

Uma das críticas que os especialistas apresentam à aplicação do conceito de vantagem comparativa é que ele pode aumentar a desigualdade entre os países, reforçando a divisão entre “fornecedor de produtos agropecuários, de baixo valor agregado” e “fornecedor de produtos industrializados, de alto valor agregado”.

Outra crítica importante é que o conceito de vantagem comparativa é estático, e não leva em consideração elementos dinâmicos, como o fato de que um país pode reduzir o custo de oportunidade de produzir um certo bem ao longo do tempo, graças ao progresso técnico. 

Mesmo assim, o conceito é reconhecido por ser uma abstração que possibilita refletir mais a fundo sobre a dinâmica da produção e do comércio internacional.

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