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URV – Unidade Real de Valor

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:19/07/2019 às 20:45 -
Atualizado 5 anos atrás
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O que foi a Unidade Real de Valor (URV)?

O Plano Real completou 25 anos no último mês de Fevereiro. O primeiro ato deste programa econômico foi a Medida Provisória nº 434, que criou a Unidade Real de Valor (URV). A URV consistiu em uma moeda de transição entre o Cruzeiro Real e o Real, utilizada, principalmente, para controlar a inflação no país.

A função da URV, dentro do Plano Real, foi de garantir a estabilidade dos preços dos produtos. Para isso, funcionou como uma unidade de referência, que contava com uma variação mais controlada.

Vale destacar também que a URV nunca existiu fisicamente. Não existem cédulas de URV. Ela funcionava como uma moeda escritural, uma referência de conversão.

Na primeira semana de oficialização, 1 URV valia 647,50 Cruzeiros Reais. No dia 30 de Junho de 1994, a URV valia 2.750,00 Cruzeiros Reais e, no dia posterior, foi convertida a R$1. Portanto, a URV esteve em vigor durante as últimas 18 semanas do Cruzeiro Real.

De onde surgiu a Unidade Real de Valor?

A URV brasileira foi criada com base em uma iniciativa econômica que surgiu como resposta à hiperinflação alemã, na década de 1920. Após a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha sofreu uma das maiores inflações da história.

Como solução, o país criou um plano econômico que contava com duas moedas simultaneamente: a Reichsmark, que desvalorizava pela alta inflação, e a Rentenmark, que mantinha a estabilidade. A população adotou no dia a dia a moeda mais estável, o que permitiu o controle da inflação no país.

A principal diferença é que, no Brasil, não houve uma segunda moeda física. Por isso, há quem diga que o Plano Real foi o plano alemão "pela metade".

Como foi colocada em prática a URV?

No Brasil, entre 1986 a 1992, foram criados seis planos com a intenção de estabilizar a economia. No entanto, quando Itamar Franco assumiu o governo no lugar de Fernando Collor, o país atingia sua hiperinflação histórica. A maior preocupação econômica no país, na década de 90, foi a inflação, que atingiu 2.500% no final de 1993.

Nesse cenário, o Cruzeiro Real passava por um processo contínuo de desvalorização, o que fazia com que os preços fossem alterados, praticamente, de hora em hora. Quem viveu essa época costuma narrar episódios em que os produtos de supermercado eram remarcados na mão dos consumidores.

Como resposta estratégica à hiperinflação, o novo presidente, em conjunto com o então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, criou o Plano Real. A estratégia possuía três etapas:

  1. Período de equilíbrio das contas públicas, com redução de despesas e aumento de receitas;

  2. Criação da URV para preservar o poder de compra dos salários;

  3. Lançamento do novo padrão monetário chamado Real.

Para colocar em prática a URV, foi necessário um trabalho de comunicação com a população, já que até mesmo os salários passaram a ser expressos em URV.

A implementação da moeda transitória obteve êxito em conter a inflação até a conversão para Real. O principal motivo foi que a URV acompanhava as oscilações sutis do dólar, equilibrando a relação entre salários e preços dos produtos.

A estratégia de utilização deste indexador econômico evitou a intervenção estatal, com medidas mais drásticas como o congelamento de preços. Foi considerado um movimento econômico complexo, mas que atingiu maior sucesso do que os planos anteriores.

Esse sucesso deve-se, principalmente, a duas diferenças do Plano Real em relação às outras tentativas de contenção da inflação.

A moeda transitória é uma das diferenças, mas a principal delas é que, diferentemente dos planos anteriores, o Plano Real iniciou com um movimento de encolhimento do Estado Brasileiro, com equilíbrio das contas públicas a partir da redução de despesas.

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Autor da Mais Retorno
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