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Quantitative Easing

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:08/02/2019 às 13:03 -
Atualizado 2 anos atrás
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O que é quantitative easing?

O quantitative easing, também conhecido como flexibilização quantitativa, é uma estratégia de estímulo monetário que visa, a partir da compra de títulos públicos e privados pelo Banco Central, aumentar a oferta de dinheiro em circulação na economia.

A sua aplicação costuma sobrevir a um momento de forte crise ou estagnação econômica, quando a instituição perde o controle sobre a deflação. Japão, Estados Unidos e o bloco da Zona do Euro são alguns dos mais famosos implementadores dessa política.

Para se ter uma ideia de sua magnitude, o quantitative easing é considerado a maior forma de intervenção pública já realizada nas economias ocidentais - com exceção, apenas, das grandes guerras mundiais.

Como o quantitative easing funciona?

O quantitative easing é uma estratégia ligada à Macroeconomia, ou seja, não está direcionado a nenhum setor ou região específica, mas a todos os blocos da nação.

Em situações “normais”, o Banco Central, cuja função principal é garantir a estabilidade do sistema econômico, utiliza as taxas de juros como forma de controlar a inflação. Assim, ele é capaz de incentivar ou restringir a tomada de crédito e a circulação monetária de acordo com os objetivos fixados.

No entanto, em contextos extremos, as reduções não são capazes de frear a diminuição no índice de preços.

O que fazer, então, quando a taxa de juros já está próxima de zero e, ainda assim, mercado financeiro continua em desaquecimento?

A resposta encontrada por países como Japão (1990s), Estados Unidos (2008) e Inglaterra (2009) foi criar uma quantidade exorbitante de dinheiro novo, gerando valor expandido e impulsionando o poder de compra.

Em situações comuns, o ajuste do mercado passa pela emissão de dinheiro físico.

No entanto, nos casos de quantitative easing, o capital criado é eletrônico (ou artificial) e a sua utilização se destina à compra de títulos bancários, de dívidas públicas ou privadas.

Como os maiores detentores de títulos são os bancos, o que acontece é uma transferência indireta, com o dinheiro passando das mãos do Banco Central para as das instituições financeiras através dessa transação.

O resultado é uma injeção de capital, que diminui as taxas de juros cobradas em empréstimos, financiamentos e cartões.

Com o acesso facilitado ao crédito, o cliente (pessoa física ou jurídica) vai às compras e faz o dinheiro circular. O crescimento da procura logo é percebido pelos fornecedores, que, baseados na lei da oferta e da demanda, aumentam os preços cobrados e propiciam a inflação.

Por outro lado, o quantitative easing pode ter efeitos também sobre o mercado de investimentos. A aquisição massiva de títulos tende a levar o seu preço para cima, aquecendo as trocas entre investidores e fazendo o capital girar.

Quais são os riscos atrelados aos programas de quantitative easing?

Na terra da economia previsível, certamente a lógica do quantitative easing funciona perfeitamente.

Na vida real, entretanto, nem sempre é assim.

A desvalorização da moeda local, frente às moedas estrangeiras, não é um risco na aplicação do quantitative easing, mas sim uma característica inerente.

Outros fatores, no entanto, dependem da resposta do mercado às medidas adotadas.

Por exemplo, se houver um erro no diagnóstico da demanda, o Banco Central pode inserir um montante superior ao necessário e gerar uma hiperinflação.

Se a taxa de juros se manter baixa por um período prolongado, há a possibilidade de surgimento das chamadas bolhas de ativos.

Embora, nesses casos, a alta nos valores dos ativos seja insustentável, a bolha se espalha, “contaminando” não somente este país, como outros igualmente influenciados por ele.

O resultado é uma complexa conexão de mercados esperando que a bolha “estoure”.

Além disso, com o estabelecimento dos programas de quantitative easing há o risco de:

  • Desvio no seu caráter temporário, sendo usado para financiar de forma permanente a dívida pública e privada;
  • Intenso deslocamento do capital para países emergentes, gerando excesso de liquidez, com subsequente inflação elevada e/ou bolhas;
  • “Guerra de QEs”: quando vários países adotam o quantitative easing ao mesmo tempo, a desvalorização da moeda tem efeito pífio sobre a melhora da balança comercial, o que os obriga a competir no volume injetado para superarem uns aos outros.
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