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Efeito Delmore

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:25/11/2019 às 19:56 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que é o Efeito Delmore?

Efeito Delmore (ou Delmore Effect, o termo original em Inglês) é o nome dado a um tipo específico de viés cognitivo. Segundo ele, nós, seres humanos, possuímos certa tendência mental a criar metas melhores para áreas menos prioritárias das nossas vidas. Isto é, os objetivos estabelecidos nessas áreas são mais assertivos e contam com maior probabilidade de darem certo, enquanto os demais são os mais vagos e dispersos possível.

"Dando nome aos bois", como diria a sua avó, parece realmente um comportamento idiota. Afinal, por que você agiria de forma mais inteligente ao planejar uma reforma (que nem é tão importante no momento) do que ao tratar do seu relacionamento amoroso aos frangalhos ou d'O Projeto do Ano na sua empresa? (Se a reforma é o mais importante na sua vida agora, sinta-se livre para inverter o exemplo, se quiser).

Como o Efeito Delmore funciona? Como ele se aplica na prática?

É como se o Rafael Nadal fosse melhor em idealizar a sua nova horta vertical do que em traçar um plano para o próximo campeonato de tênis.

Ah, como seria fácil se, dentro da nossa cabeça, pudéssemos ver os vieses de forma tão clara. Assim, seria muito mais simples mitigá-los, concorda?

Infelizmente, para o nosso cérebro, aquele processo faz algum tipo de sentido dentro da sua realidade e, se não for questionado, permanecerá como parte do seu manual de instruções do mundo. Com o Efeito Delmore não é diferente.

Dentro da Psicologia e dos estudos do comportamento como um todo, existe um consenso: somos atraídos pelo prazer, enquanto evitamos a dor e o desconforto.

Se você já leu o nosso artigo sobre aversão a perdas, por exemplo, deve saber que esse último impulso tende a ser ainda mais latente. Afinal de contas, tem relação imediata com o risco de vida.

No entanto, conforme evoluímos, evitar a dor deixou de ser sobre ter os dentes de um predador cravados em você ou sobre se afastar de um aparente alimento mal-cheiroso. As emoções ficaram mais complexas e a sociedade, também.

Logo, evitar a dor hoje é sobre não ser rejeitado por aquela pessoa de quem você gosta, não ouvir uma repreensão no trabalho ou receber os julgamentos dos seus pais sobre as suas escolhas na vida.

E, como citamos no artigo completo sobre viés do custo afundado, poucas coisas são tão dolorosas socialmente quanto o fracasso. Arriscamos dizer que dói mais do que uma mordida, porque o ruminamos por horas, dias, meses e até anos.

Portanto, quando nos abstemos de sermos específicos sobre os nossos objetivos naquelas áreas da vida que realmente importam, estamos na verdade evitando esse desconforto. Uma vez estabelecida a meta, está também estabelecido o parâmetro para a falha.

"Se eu disse que vou correr 1km em 5 minutos, realizá-lo em 4 minutos e 59 segundos é um fracasso", o seu cérebro estabelece. E quanto mais importante, mais pesada é a perda.

Se você já terminou um namoro sabe do que estamos falando: "perder" esse relacionamento é mais difícil do que a demissão de um colega do trabalho, por exemplo.

Assim, não realizar um desejo relevante também dói mais. O que fazemos para nos proteger? Deixamos o objetivo o mais "em aberto" possível: assim, percorrer qualquer distância em 5 minutos será menos penoso do que a possibilidade de fracassar de verdade.

Se pensarmos bem, isso não faz o menor sentido. Estudos científicos já comprovam que, quanto mais específica é uma meta, mais facilmente nos comprometemos em atingi-la. Sob o Efeito Delmore não estamos nos afastando do fracasso: estamos tornando mais provável que ele se concretize, mesmo que não percebamos.

É o caso daqueles que estabelecem como resolução de ano novo "ganhar mais", "gastar menos" ou "investir melhor", mas sabem todas as especificações daquele novo vestido ou cafeteira que desejam comprar. O fim do ano chega, mas eles não fazem ideia de porquê não conseguiram alcançar os seus objetivos - enquanto tomam um belo café admirando o seu vestido novo, é claro.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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