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BRICS

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:22/03/2019 às 19:46 -
Atualizado 5 anos atrás
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O que é o BRICS?

Em 2001, o economista do banco de investimentos norte-americano Goldman Sachs, Jim O’Neill, publicou o relatório “O Mundo Precisa de Melhores Brics Econômicos”.

O termo bricks era um trocadilho: ao invés de se referir a “tijolos” em inglês, ele estava se referindo aos 4 países emergentes que tinham potencial de conquistar uma grande projeção na economia mundial: Brasil, Rússia, Índia e China (a África do Sul foi adicionada ao grupo apenas no final de 2010).

De acordo com as análises apresentadas no relatório, eles representariam uma parcela muito maior do comércio internacional, dados os seus altos níveis de crescimento na época.

Algumas estimativas apontavam para um incremento do PIB mundial de algo em torno de 8% para um valor próximo a 14%. Após um período de 10 anos, a participação conjunta dos 4 países alcançaria:

  • 20% do PIB global:
  • Um valor acima de US$ 13 trilhões;
  • O equivalente a 1/3 do aumento nominal do PIB global.

Em 2011, O’Neill fez uma atualização do seu relatório, mostrando como a economia mundial tinha se saído frente às suas previsões. Apesar das turbulências enfrentadas, os 4 países tinham crescido 8% em termos reais (descontada a inflação), levando o mundo às taxas de crescimento de 3,50% ao ano.

Quais eram as 3 principais ideias por trás do termo BRIC?

Mola propulsora do crescimento global

De acordo com o economista, se não fosse pelo grupo do BRIC, a média de crescimento global seria menor (1,60%), dado que era mais aderente ao ritmo de crescimento das economias desenvolvidas.

Os resultados vistos nos anos seguintes confirmaram as previsões: o aumento de US$ 10 trilhões obtido pelo grupo representava aproximadamente sete vezes o tamanho do Reino Unido em 2001 ou, espantosamente, o tamanho de toda a economia norte-americana.

Maior participação em políticas econômicas globais

Pelo porte que alcançariam, esperava-se que os 4 países se tornassem mais influentes na elaboração de políticas econômicas globais. Entretanto, eles continuaram sendo excluídos à medida em que cresciam e contribuíam para a economia global.

As coisas só começaram a mudar a partir da crise de 2008. Foi por meio dela que os países do G-7 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido), decidiram ampliar os esforços para uma recuperação econômica coordenada, passando a incluir o grupo do BRIC e outros países em um novo arranjo: o G-20.

Europa e sua União Monetária

O crescimento adicional proporcionado pelos países emergentes daria tempo suficiente para os países europeus implementarem o seu projeto de integração monetária.

Entretanto, vinte anos após a adoção do Euro, o velho continente ainda não se caracteriza como uma zona monetária ótima.

O que é o “banco do BRICS”?

Os países do BRICS, ao longo dos anos, formaram grandes reservas internacionais que ficavam investidas em títulos de baixo rendimento em países desenvolvidos.

Apesar de “ricos”, continuavam com grandes necessidades de financiamento para os seus projetos de infraestrutura.

O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como “banco do BRICS”, foi criado em 2014 para funcionar exatamente com um mecanismo para financiar a infraestrutura e os projetos de desenvolvimento sustentável, tanto dos seus países-membros como também de outros emergentes.

A busca por essa alternativa se deve ao fato de o grupo ter pouca influência em organismos multilaterais tais como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Como tradição, o representante do FMI é sempre europeu (atualmente é a francesa Christine Lagarde) e o representante do Banco Mundial é norte-americano (cargo atualmente vago).

Com um capital total de US$ 100 bilhões, a sede do NBD fica em Xangai (China) e seu primeiro presidente foi indicado pela Índia. Todos os 5 países possuem a mesma proporção no banco (20%), sendo que um brasileiro deve presidir a instituição em 2020.

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