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Bolha Financeira

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:25/10/2019 às 16:00 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que é bolha financeira?

As bolhas financeiras fazem parte da história da humanidade.  Ao longo dos séculos, foram vários os momentos em que o preço de um determinado ativo subiu rapidamente, sem nenhuma justificativa para esse movimento.

Por conta disso, esses eventos passaram a ser chamados de “bolhas”: eles nascem, crescem e tomam grandes proporções até o momento em que deixam de contar com novos entrantes, o que faz com que “estourem”, deixando prejuízos para todos os lados.

Como se formam as bolhas financeiras?

 

O economista norte-americano Hyman Minsky, que ficou famoso pelo termo “momento Minsky”, relaciona quais os principais estágios da formação de uma bolha:

  1. Novo paradigma: uma alteração significativa na economia, podendo ser desde um novo setor de atuação até uma taxa básica de juros excepcionalmente baixa;
  2. Modismo: um determinado ativo passa a ser adquirido por uma quantidade maior de pessoas;
  3. Euforia: todos compram o mesmo ativo, sem nenhum critério;
  4. Realização de lucros: pessoas com um maior conhecimento começam a se desfazer das suas posições, temendo pela correção de preços, enquanto ainda encontram compradores;
  5. Pânico: um evento (do próprio mercado ou externo) faz com que todos queiram monetizar o ganho ao mesmo tempo, gerando uma grande onda vendedora.

Como ocorreu a primeira bolha financeira da história?

A primeira bolha de que se tem conhecimento ocorreu no século XVII, mais especificamente na Holanda.  Tudo começou quando um botânico trouxe bulbos de tulipas da Constantinopla para fins de pesquisa.  Elas foram roubadas pelos seus vizinhos, que passaram a vende-las.

As tulipas eram tão raras que atraíram a atenção dos nobres europeus, que passaram a colecioná-las como símbolo de status.

Esse mercado ganhou tamanha importância que se criou um mercado futuro para negociá-lo (contratos de tulipas sem a entrega física), o que trouxe novos especuladores, que vendiam os seus bens e assim perpetuavam o aumento de preços.

A bolha estourou com a venda de uma grande quantidade de tulipas que não foi honrada pelo comprador.  Para conter o pânico de venda que se seguiu, o governo holandês teve que intervir, liberando os detentores dos contratos de tulipas, desde que pagassem o equivalente a 10% do montante acordado.

Quais foram as bolhas financeiras mais recentes?

Bolha da internet

Durante a década de 90, muitas companhias de tecnologia recebiam recursos de fundos especializados (venture capital).  Uma das características desses fundos é que eles só participavam da fase inicial dessas empresas, se desfazendo delas para abraçar as inúmeras oportunidades que surgiam diariamente.

A abertura de capital era a principal forma de se fazer isso, motivo pelo qual as investidas eram levadas à bolsa, mesmo que não estivessem prontas.  Naquela época, “precificar” adequadamente o “ativo” não era algo trivial, dado que o mundo virtual ainda estava sendo criado.

Por conta disso, muitas companhias foram oferecidas a preços exorbitantes, mesmo que só representassem uma promessa.

Bolha do subprime

Bolhas alimentadas pela farta oferta de crédito são ainda mais perigosas.

A bolha do subprime (hipoteca de baixa qualidade de crédito) surgiu com o maior acesso ao financiamento imobiliário.  De uma hora para outra, pessoas antes excluídas do sistema passaram a tomar crédito para a compra de várias casas, na esperança de que cada uma delas fosse vendida a um preço superior à anterior.

Como elas se endividavam e compravam, os preços dos imóveis fugiram de qualquer parâmetro de racionalidade.  Com o estouro da bolha, esses tomadores não só amargam os prejuízos como também não conseguiram honrar as suas dívidas, gerando a inadimplência em série, o que afetou a saúde financeira das instituições que tinham investido em produtos cujo lastro eram essas mesmas hipotecas.

O fato do mercado norte-americano captar recursos do mundo inteiro tornou a bolha das “hipotecas podres” um problema mundial.

 

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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