Tudo que você precisa saber sobre o IMA-B
Um dos índices mais utilizados como benchmark para vários fundos de inflação é o Índice de Mercado ANBIMA – Série B ou simplesmente IMA-B. No entanto, poucas pessoas sabem…
Um dos índices mais utilizados como benchmark para vários fundos de inflação é o Índice de Mercado ANBIMA - Série B ou simplesmente IMA-B. No entanto, poucas pessoas sabem o que é esse índice ou qual a sua utilidade.
Com objetivo de ser uma referência oficial para o desempenho dos principais títulos públicos negociados no Brasil, a ANBIMA criou a família de índices IMA (Índice de Mercado ANBIMA), que se dividem em 4 grandes categorias.
Como você verá a seguir, esses índices são fundamentais não apenas para servir de balança para o desempenho dos fundos de inflação, mas também como para qualquer outro fundo que possua grande exposição em diferentes tipos de títulos públicos brasileiros.
O que é o IMA?
O IMA Geral é um índice baseado em uma carteira teórica composta por todos os títulos públicos negociados pelo Tesouro Nacional.
Você pode encontrar a composição de todas essas carteiras direto no site da ANBIMA por aqui.
Esse índice geral se divide em uma série de sub-categorias que indicam um indexador específico para cada título, de acordo com a tabela a seguir:
Assim como apresentado no organograma acima, o índice se subdivide nessas 4 novas categorias.
Além delas, existe ainda o IMA-Geral ex-C é um índice que desconsidera os títulos indexados ao IGP-M.
As subcategorias formadas portanto tem a seguinte composição:
- IMA-B: Composta apenas por Tesouro IPCA+ (ou as antigas e famosas NTN-B) que são títulos públicos que remuneram o investidor com uma taxa de juros pré-fixada + a variação do IPCA no período;
- IMA-B 5: Índice que considera somente NTN-Bs com vencimento de até 5 anos;
- IMA-B 5+: Índice que considera somente NTN-Bs com vencimentos a partir de 5 anos.
- IMA-C: Composta apenas por Notas do Tesouro Nacional - Série C (NTN-Cs) que são títulos públicos que remuneravam o investidor com uma taxa de juros pré-fixada + a variação do IGP-M no período;
- IRF-M: Composta por títulos pré-fixados como Tesouro prefixado e Tesouro Prefixado com juros semestrais (ou as antigas LTN e NTN-F) que são títulos públicos que remuneram o investidor em uma taxa de juros fixa pré-definida no momento da compra do título;
- Índice que considera somente títulos pré-fixados com vencimento de até 1 ano;
- Índice que considera somente títulos pré-fixados com vencimento a partir de 1 ano.
- IMA-S: Composta apenas por Tesouro Selic (ou as antigas LFT) que são títulos públicos que remuneram o investidor a uma taxa de juros equivalente à taxa Selic do período.
Caso queira saber mais sobre essa sopa de letrinhas e diferentes tipos de títulos públicos, existe um conteúdo bem completo no próprio site do tesouro nacional que você consegue acessar aqui.
Mas afinal, para que servem o IMA-B e os outros índices?
É claro que cada índice tem sua utilidade como benchmark para diferentes tipos de fundos, como o IMA-B para fundos de inflação ou o IRF-M para fundos de renda fixa em geral.
O importante mesmo é que você conheça a composição desses índices, para poder compreender o funcionamento do mercado em questão e saber o que esperar de cada um deles.
Já a metodologia de cálculo desses índices não é de extrema necessidade que se conheça, porém para quem quiser mesmo assim se aprofundar mais a ANBIMA disponibiliza o método de cálculo aqui.
Se você acha que mais pessoas podem se interessar por esse assunto, ajude-as a encontrar esse texto para que elas possam investir cada vez melhor.