Índices e Indicadores

Tudo que você precisa saber sobre o IMA-B

Um dos índices mais utilizados como benchmark para vários fundos de inflação é o Índice de Mercado ANBIMA – Série B ou simplesmente IMA-B. No entanto, poucas pessoas sabem…

Data de publicação:21/03/2017 às 11:55 - Atualizado 4 anos atrás
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Um dos índices mais utilizados como benchmark para vários fundos de inflação é o Índice de Mercado ANBIMA - Série B ou simplesmente IMA-B. No entanto, poucas pessoas sabem o que é esse índice ou qual a sua utilidade.

Com objetivo de ser uma referência oficial para o desempenho dos principais títulos públicos negociados no Brasil, a ANBIMA criou a família de índices IMA (Índice de Mercado ANBIMA), que se dividem em 4 grandes categorias.

Como você verá a seguir, esses índices são fundamentais não apenas para servir de balança para o desempenho dos fundos de inflação, mas também como para qualquer outro fundo que possua grande exposição em diferentes tipos de títulos públicos brasileiros.

O que é o IMA?

O IMA Geral é um índice baseado em uma carteira teórica composta por todos os títulos públicos negociados pelo Tesouro Nacional.

Você pode encontrar a composição de todas essas carteiras direto no site da ANBIMA por aqui.

Esse índice geral se divide em uma série de sub-categorias que indicam um indexador específico para cada título, de acordo com a tabela a seguir:

Fonte: Anbima

Assim como apresentado no organograma acima, o índice se subdivide nessas 4 novas categorias.

Além delas, existe ainda o IMA-Geral ex-C é um índice que desconsidera os títulos indexados ao IGP-M.

As subcategorias formadas portanto tem a seguinte composição:

  • IMA-B: Composta apenas por Tesouro IPCA+ (ou as antigas e famosas NTN-B) que são títulos públicos que remuneram o investidor com uma taxa de juros pré-fixada + a variação do IPCA no período;
    • IMA-B 5: Índice que considera somente NTN-Bs com vencimento de até 5 anos;
    • IMA-B 5+: Índice que considera somente NTN-Bs com vencimentos a partir de 5 anos.
  • IMA-C: Composta apenas por Notas do Tesouro Nacional - Série C (NTN-Cs) que são títulos públicos que remuneravam o investidor com uma taxa de juros pré-fixada + a variação do IGP-M no período;
  • IRF-M: Composta  por títulos pré-fixados como Tesouro prefixado e Tesouro Prefixado com juros semestrais (ou as antigas LTN e NTN-F) que são títulos públicos que remuneram o investidor em uma taxa de juros fixa pré-definida no momento da compra do título;
    • Índice que considera somente títulos pré-fixados com vencimento de até 1 ano;
    • Índice que considera somente títulos pré-fixados com vencimento a partir de 1 ano.
  • IMA-S: Composta apenas por Tesouro Selic (ou as antigas LFT) que são títulos públicos que remuneram o investidor a uma taxa de juros equivalente à taxa Selic do período.

Caso queira saber mais sobre essa sopa de letrinhas e diferentes tipos de títulos públicos, existe um conteúdo bem completo no próprio site do tesouro nacional que você consegue acessar aqui.

Mas afinal, para que servem o IMA-B e os outros índices?

É claro que cada índice tem sua utilidade como benchmark para diferentes tipos de fundos, como o IMA-B para fundos de inflação ou o IRF-M para fundos de renda fixa em geral.

O importante mesmo é que você conheça a composição desses índices, para poder compreender o funcionamento do mercado em questão e saber o que esperar de cada um deles.

Já a metodologia de cálculo desses índices não é de extrema necessidade que se conheça, porém para quem quiser mesmo assim se aprofundar mais a ANBIMA disponibiliza o método de cálculo aqui.

Se você acha que mais pessoas podem se interessar por esse assunto, ajude-as a encontrar esse texto para que elas possam investir cada vez melhor.

Sobre o autor
Felipe MedeirosEconomista e empreendedor do mercado financeiro há mais de uma década, tem como objetivo compartilhar suas experiências e se conectar com outros investidores e entusiastas do mercado. É fundador do Mais Retorno e autor da série de livros "Investidor Especialista".
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