Suno é alvo de investigação por suposta manipulação envolvendo fundos imobiliários
Operação foi entre duas empresas privadas, sem envolvimento da Polícia Federal
Na manhã da terça-feira, 14 de fevereiro, a Suno, empresa ligada à XP, foi alvo de investigação sobre uma suposta manipulação no mercado de fundos imobiliários.
Diferentemente do que foi noticiado na data da publicação, não foi uma operação envolvendo a Polícia Federal, mas uma ação privada entre duas empresas, segundo esclarecimentos de Tiago Reis, fundador da empresa.
A busca e apreensão foram determinadas pela 42ª Vara Cível de São Paulo em cinco endereços de três cidades (São Paulo, Porto Alegre e Goiânia). No caso da Suno, a investigação ocorre na sua sede em São Paulo.
A especulação se dá em torno de oscilações das cotas de fundos imobiliários após publicações feitas por eles em suas redes sociais. Um dos ativos sob investigação é FII HCTR11.
Em abril de 2022, houve uma oscilação atípica neste fundo, com variação de mais de 20% em um curto espaço de tempo. A empresa é suspeita de desvalorizar o HCTR11 e indicar aos cotistas o investimento nos fundos da própria Suno Asset.
Procurado, o Grupo Suno se manifestou reiterando inocência e idoneidade dos profissionais envolvidos.
Em nota, a empresa diz que não teve ainda acesso ao processo e, “portanto, neste momento, não pode dar mais detalhes da ação”.
Confira a nota na íntegra:
"O Grupo Suno confirma que uma operação de busca e apreensão está sendo realizada em seus escritórios nesta manhã. A empresa não teve acesso ao processo, portanto, neste momento, não pode dar mais detalhes da ação. O Grupo Suno reforça que está 100% seguro de sua atuação e estamos tranquilos e certos de nossa inocência e da idoneidade de todos os nossos analistas e profissionais. Confiamos na atuação da Justiça e que a investigação será concluída com brevidade".