Fundos Imobiliários

Suno é alvo de investigação por suposta manipulação envolvendo fundos imobiliários

Operação foi entre duas empresas privadas, sem envolvimento da Polícia Federal

Data de publicação:14/02/2023 às 03:26 - Atualizado um ano atrás
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Na manhã da terça-feira, 14 de fevereiro, a Suno, empresa ligada à XP, foi alvo de investigação sobre uma suposta manipulação no mercado de fundos imobiliários

Diferentemente do que foi noticiado na data da publicação, não foi uma operação envolvendo a Polícia Federal, mas uma ação privada entre duas empresas, segundo esclarecimentos de Tiago Reis, fundador da empresa.

A busca e apreensão foram determinadas pela 42ª Vara Cível de São Paulo em cinco endereços de três cidades (São Paulo, Porto Alegre e Goiânia). No caso da Suno, a investigação ocorre na sua sede em São Paulo.

PF investiga possível manipulação no mercado de fundos imobiliários - FOTO: Reprodução

A especulação se dá em torno de oscilações das cotas de fundos imobiliários após publicações feitas por eles em suas redes sociais. Um dos ativos sob investigação é FII HCTR11

Em abril de 2022, houve uma oscilação atípica neste fundo, com variação de mais de 20% em um curto espaço de tempo. A empresa é suspeita de desvalorizar o HCTR11 e indicar aos cotistas o investimento nos fundos da própria Suno Asset.

Procurado, o Grupo Suno se manifestou reiterando inocência e idoneidade dos profissionais envolvidos.

Em nota, a empresa diz que não teve ainda acesso ao processo e, “portanto, neste momento, não pode dar mais detalhes da ação”.

Confira a nota na íntegra: 

"O Grupo Suno confirma que uma operação de busca e apreensão está sendo realizada em seus escritórios nesta manhã. A empresa não teve acesso ao processo, portanto, neste momento, não pode dar mais detalhes da ação. O Grupo Suno reforça que está 100% seguro de sua atuação e estamos tranquilos e certos de nossa inocência e da idoneidade de todos os nossos analistas e profissionais. Confiamos na atuação da Justiça e que a investigação será concluída com brevidade".

Sobre o autor
Mari GalvãoRepórter de economia na Mais Retorno