Saques voltam a superar investimentos no Tesouro Direto pelo 3º mês seguido

Os saques voltam a superar os investimentos no Tesouro Direto em fevereiro, pelo terceiro mês seguido. O programa online de negociação de títulos públicos voltado às pessoas físicas registrou R$ 1.813 bilhão em vendas no segundo mês do ano, enquanto os resgates totalizaram R$ 1,822 bilhão (sendo R$ 1,699 bilhão relativos a recompras e R$ 123,4 milhões, a vencimentos).

O saldo negativo em detrimento da saída dos investidores foi de quase R$ 9 milhões, número que, apesar de ruim, está bem abaixo dos R$ 735 milhões registrados em janeiro, e de aproximadamente R$ 70 milhões em dezembro de 2020.

Pressão inflacionária

Diante da alta dos preços e de um cenário de instabilidade provocado pela pandemia, os títulos mais demandados pelos investidores em fevereiro foram os que estão indexados à inflação, como o Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais.

O título indexado à Selic (Tesouro Selic) correspondeu a 33,5% do total e os prefixados ficaram a 25,3%.

Prazo de emissão

Em relação ao prazo de emissão, 18% das vendas no Tesouro Direto no mês corresponderam a títulos com vencimentos acima de 10 anos.

Já as vendas de títulos com prazo entre 5 e 10 anos representaram 38,8%. Aquelas com prazo entre 1 e 5 anos, 43,2% do total.

Em fevereiro, o estoque do Tesouro Direto alcançou um montante de R$ 62,93 bilhões, aumento de 0,7% em relação a janeiro (R$ 62,51 bilhões) e aumento de 7,0% sobre fevereiro de 2020 (R$ 58,80 bilhões).

Saídas superam entradas no Tesouro Direto

Em fevereiro, 317.219 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto. Ao fim do mês, o número total de cadastrados atingiu 9.895.387, o que representa aumento de 60,6% nos últimos doze meses.

O número de investidores ativos chegou a 1.470.448, variação de 21,2% nos últimos doze meses. No mês, o acréscimo foi de 5.644 novos investidores ativos.