Fundos de Investimentos

Ranking: os 20 fundos de ações mais rentáveis em outubro têm exposição ao exterior; conheça os campeões

Rentabilidade mensal ficou entre 12,90% e 8,52% entre os que renderam mais

Data de publicação:12/11/2021 às 07:00 - Atualizado 3 anos atrás
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A estratégia que expõe os recursos da carteira dos fundos de ações a ativos no exterior foi a vitoriosa em outubro. Gestores que abraçaram essa política de investimento entregaram vistosos resultados aos cotistas em um mês que a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, despencou e recuou 6,74%.

Os fundos de ações fizeram bonito, apesar do tombo da B3. A rentabilidade mensal dos 20 fundos de ações mais bem performados em outubro no ranking elaborado com dados de pesquisa exclusiva da Mais Retorno variou entre 12,90% e 8,52%. Foram considerados fundos abertos a qualquer investidor, em operação há pelo menos um ano, com 60 cotistas ou mais e patrimônio a partir de R$ 17 milhões.

O destaque foram os fundos com gestão focada em Brazilian Depositary Receipts (BDRs), recibos de ações de companhias com sede no exterior, mas negociados na B3. Expostos também à variação cambial, a valorização do dólar perante ao real adicionou rentabilidade a esses fundos.

O fundo campeão foi o Vitreo Tech Select FIA BDR, com rentabilidade de 12,90%, acompanhado pelo Daycoval FIA BDR, com 11,17%, em segundo. Seguem-se a esses dois fundos outros 14 com rendimento ao redor de 10% e quatro com rentabilidade abaixo desse patamar, mas ainda muito interessante.

Todos esses fundos, até mesmo o que ocupa o último lugar na lista, o Safra Consumo Americano FIA BDR, com 8,52%, renderam em apenas um mês mais que a inflação de 8,24% acumulada pela variação do IPCA (Índice aos Preços ao Consumidor Amplo) em dez meses do ano.

O Vitreo Tech Select FIA BDR puxa também a fila dos fundos de ações mais rentáveis no ano e nos últimos 12 meses, com valorização acumulada de 34,45% (ano) e 42,30% (12 meses).

A aposta em investimentos no Exterior tem sido bem sucedida, de acordo com especialistas, porque é uma estratégia que dribla os riscos domésticos – associados ao risco fiscal, inflação em alta, baixo crescimento, dentre outros - que deprimem o mercado de ações. E põe o gestor no circuito de boas oportunidades que o mercado acionário internacional, sobretudo o americano, oferece.

Os BDRs que compõem a carteira dos fundos vitoriosos são recibos representativos de ações de grandes companhias americanas, principalmente dos setores de biotecnologia, tecnologia, de saúde e bancos, negociadas na bolsa de Nova York, cujos índices destoam amplamente do desempenho do Ibovespa.

O Ibovespa (Índice Bovespa) recuou 6,74% em outubro, mês que as bolsas americanas sustentaram fortes altas: o índice Nasdaq valorizou-se 6,40%, o Dow Jones subiu 4,35%, e o S&P 500 avançou 5,70%.

O descompasso persiste na comparação do ano. Em dez meses, até outubro, o Ibovespa cai 13,04%, enquanto o Nasdaq acumula alta de 22,05%; o Dow Jones, de 18,51%, e o S&P 500, 24,45%.

De forma geral, segundo especialistas, investidores e gestores estão mirando cada vez mais oportunidades de investimento no exterior, em busca de melhor rentabilidade e para não se expor ao cenário de incertezas político-econômicas crescentes no País.

Conheça mais os fundos de ações mais rentáveis de outubro

Vitreo Tech Select FIA BDR Nível I – O fundo tem como objetivo a valorização de cotas com a aplicação de recursos preponderantemente em Brazilian Depositary Receipts (BDRs). Aplica também em demais ativos de renda variável, renda fixa, cambial, derivativos e cotas de outros fundos de investimento, negociados tanto no mercado doméstico como internacional. Aplicação mínima inicial: R$ 5.000; movimentação mínima: R$ 100; valor mínimo de permanência: R$ 100; taxa de administração: 0,90% ao ano; taxa de performance: não há.

Daycoval FIA BDR Nível I – Aplica os recursos em ativos de renda variável, principalmente em BDRs de empresas americanas e/ou listadas nas bolsas dos Estados Unidos, de diversos setores econômicos. Aplicação inicial: R$ 500; valor mínimo de movimentação: R$ 500; valor mínimo de permanência: R$ 500;  taxa de administração, 1% ao ano; taxa de performance: não há.

FIA Caixa Institucional BDR Nível I – O objetivo do fundo é buscar uma rentabilidade diferenciada com a aplicação em recibos de ações (BDRs) de empresas estrangeiras negociados na B3. Valor de aplicação inicial: R$ 1.000; movimentações seguintes: R$ 100; resgate mínimo: R$ 100; valor mínimo de permanência: R$ 500; taxa de administração: 0,70% ao ano; taxa de performance: não há.

Trend Bolsa Americana Dólar FIA – O fundo tem uma estratégia indexada e replica o índice de ações americanas S&P 500 a partir de fundos de índice ETF (Exchange Traded Fund) de S&P 500 e contratos futuros de S&P 500, com exposição à variação cambial do dólar. Valor de aplicação inicial: R$ 500; saldo mínimo de permanência: R$ 100; taxa de administração: entre 0,50% e 1,30% ao ano.

FIA Caixa BDR Nível I – O fundo procura rentabilidade diferenciada por meio da alocação de recursos em recibos de ações (BDRs) de empresas com sede no exterior, negociados no Brasil. A estratégia possibilita a diversificação de carteira com investimentos no mercado acionário americano. Aplicação inicial: R$ 1.000; aplicações seguintes: R$ 100; valor mínimo de resgate: R$ 100; saldo mínimo de permanência, R$ 500; taxa de administração: 1,50% ao ano; taxa de permanência, não há.

BB Ações ESG FIA BDR Nível I – Objetivo é oferecer, no médio e longo prazo, desempenho competitivo em relação ao mercado acionário global, com aplicação de recursos em BDRs que atendam aos critérios da temática ESG (ambiental, social e governança corporativa) negociados no Brasil. Valor de aplicação inicial, aporte adicional, resgate mínimo e saldo mínimo: R$ 200; taxa de administração: 0,50% ao ano; taxa de performance, não há.

Western Asset FIA BDR Nível I – Objetivo do fundo é alcançar, no longo prazo, valorização competitiva com o mercado de ações dos EUA, mediante aplicação de no mínimo 67% dos recursos da carteira em BDRs de mercado americano de ações. Aplicação mínima inicial: R$ 1.000; movimentações seguintes: R$ 100; saldo mínimo: R$ 500; taxa de administração: 1,50% ao ano; taxa de performance: não há.

Bradesco FIA BDR Nível I – Indicado para quem quer diversificar os investimentos no mercado de ações americano, o fundo tem a carteira formada por BDRs de empresas americanas. As operações no mercado de derivativos estão limitadas à proteção das posições à vista. Aplicação inicial: R$ 10.000; aplicação seguinte: R$ 1.000.

CSHG SP500 USD FIA IE – O fundo busca a valorização de cotas com aplicação de recursos em ativos financeiros e/ou modalidades disponíveis no mercado financeiro, com estratégias que procuram retornos absolutos, sem compromisso de aderência a qualquer indicação em ativo financeiro ou classe de ativos. Fundo é destinado exclusivamente a aplicações de determinados investidores profissionais. Aplicação inicial: R$ 50 mil; valor das movimentações seguintes: R$ 10 mil; saldo mínimo exigido: R$ 50 mil. Taxa de administração: 0,40% ao ano; taxa de performance: não há.

Plural FIA BDR – Objetivo é proporcionar rentabilidade ao cotista com busca de oportunidades na renda variável, sem ignorar as que surgirem em outras classes de ativos nos mercados de renda fixa, cambial, derivativos e cotas de fundos de investimento. Aplicação mínima inicial: R$ 100; movimentação mínima: R$ 100; saldo mínimo de permanência: R$ 100; taxa de administração: 1,95%, com máxima de 2%; taxa de performance: não há.

Itaú BDR Ações FIC FI – Estratégia do fundo oferece a oportunidade de diversificação de parte da renda variável, com exposição a ativos internacionais negociados no mercado doméstico, sobretudo aos BDRs, ações de companhias com sede no exterior. Aplicação mínima inicial: R$ 1; movimentação mínima: R$ 1; taxa de administração: 0,8% ao ano.

Safra Consumo Americano FIA BDR – Objetivo do fundo é a busca de rentabilidade diferenciada aos cotistas com a aplicação de recursos basicamente em ativos de renda variável, principalmente em BDRs, recibos lastreados em ações de empresas do setor de consumo sediadas no exterior. Aplicação inicial: R$ 1.000; movimentações seguintes: R$ 100; saldo mínimo: R$ 100; taxa de administração: entre 1% e 2,5% ao ano.

Sobre o autor
Tom MorookaColaborador do Portal Mais Retorno.