Economia

Pressionado por alta do preço dos combustíveis, Bolsonaro quer privatizar a Petrobras

Presidente reclamou que quando há elevação dos valores dos produtos na bomba, a culpa é sempre atribuída a ele

Data de publicação:14/10/2021 às 12:51 - Atualizado 3 anos atrás
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Pressionado para apresentar uma solução contra a escalada do preço dos combustíveis, o presidente da República, Jair Bolsonaro, criticou nesta quinta-feira, 14, a política de preços da Petrobras e disse que seu desejo é privatizar a estatal.

Ao apontar limitações ao seu cargo no Executivo, Bolsonaro afirmou que não consegue direcionar o preço do combustível, já que iria incorrer em crime de responsabilidade, mas se queixou de novo que, em caso de aumento dos preços, a culpa sempre cai no seu colo.

Pressionado por conta da alta dos preços dos combustíveis, Jair Bolsonaro quer privatizar a Petrobras - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

"É muito fácil, 'aumentou a gasolina, culpa do Bolsonaro'. Eu tenho vontade de privatizar a Petrobras. Vou ver com a equipe econômica o que a gente pode fazer", disse o presidente em entrevista à Rádio Novas de Paz de Pernambuco.

"Eu não posso, não é controlar, eu não posso direcionar o preço do combustível, mas quando aumenta a culpa é minha", reclamou.

De acordo com o presidente, como o Brasil precisa importar o combustível, "seria bom se todo mundo ajudasse a economizar combustível, aí você iria obrigar os caras a rever o que está acontecendo, ajudaria bastante".

Para lidar com o problema da crise hídrica no País, o presidente já havia pedido a seus apoiadores que desligassem um ponto de luz em suas casas para poupar energia elétrica.

Governadores

Diante das pressões sobre o aumento da inflação no País, Bolsonaro voltou a responsabilizar os governadores por parte do alto preço do gás de cozinha e dos combustíveis. "Essas verdades é que doem", afirmou.

Mesmo com fortes críticas, Bolsonaro reconheceu que os governadores não podem zerar o ICMS. "Mas a cobrança do ICMS não pode ser feita com um percentual em cima do preço da bomba."

O chefe do Executivo federal também comentou sobre o projeto aprovado na quarta-feira, 13, na Câmara, que muda a regra de ICMS sobre combustíveis e estabelece um valor fixo por litro para o imposto.

"Não era o que eu queria", reclamou o presidente com relação às alterações do projeto apresentado pelo Executivo, "mas vai ajudar", ponderou.

Ele ainda cumprimentou o presidente da Câmara, Arthur Lira, por ter conseguido "aprovar o que foi possível". O projeto agora será analisado pelo Senado. / com Agência Estado

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