Economia

PMI Industrial do Brasil recua a 53,6 em agosto, após 56,7 em julho

O setor de produção industrial seguiu em expansão no mês de agosto, mas o resultado reflete uma desaceleração no crescimento

Data de publicação:01/09/2021 às 12:30 - Atualizado 3 anos atrás
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O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil caiu para 53,6 pontos em agosto, após 56,7 pontos em julho, segundo a IHS Markit. O setor seguiu em expansão no mês, mas o resultado reflete uma desaceleração no crescimento de bens de consumo, intermediários e de investimento, as três grandes áreas da indústria.

A taxa de expansão da produção Industrial de agosto, para além do PMI, foi a mais fraca desde maio

De acordo com a IHS Markit, a escassez global de matérias-primas e a depreciação do real aumentaram os custos das empresas e levaram a ajustes nos preços de vendas. Esse fator pode ter contribuído para uma restrição no crescimento da demanda, sobretudo nos mercados internacionais. As taxas de inflação tiveram arrefecimento, mas se mantiveram em patamar historicamente elevado.

"As empresas elevaram a produção e continuaram contratando mais trabalhadores. As evidências de que elas estão dimensionando seus estoques em antecipação a melhores condições de demanda são um bom presságio para as perspectivas", afirma em nota a diretora associada de Economia da IHS Markit, Pollyanna de Lima.

"O índice de estoque de insumos aumentou conforme os insumos comprados anteriormente começaram a chegar e houve uma recuperação recorde nas participações de produtos acabados", finaliza.

A eliminação de pedidos em atraso sustentou um aumento sem precedentes no índice de estoque de bens finais, também influenciado por tentativas de cumprir prazos de entrega e por esforços para aumentar os estoques de segurança. As empresas também elevaram a produção diante de uma nova recuperação nos pedidos de fábrica.

Os dados de agosto destacaram um quarto aumento mensal consecutivo na produção industrial, com crescimento associado ao aumento das vendas. A taxa de expansão, porém, foi a mais fraca desde maio, devido à escassez das principais matérias-primas e à demanda internacional reprimida.

Enquanto algumas empresas compraram materiais adicionais para evitar escassez futura de insumos, e em antecipação a aumentos de preços, outras evitaram esse movimento, por taxas já elevadas dos fornecedores. Os níveis de compra agregada tiveram aumento acentuado, mas em menor intensidade na comparação com julho.

Uma visão mais otimista para a produção no horizonte de 12 meses também ajudou no aumento de estoque, com perspectiva de melhorias em demanda, investimento, compra de novos equipamentos, expansão da capacidade e cobertura de vacinas. O índice de estoque de insumos aumentou a um ritmo acentuado, embora tenha sido o mais fraco desde maio. A dificuldade para obter algumas matérias-primas pesou nesse aspecto. / Agência Estado

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