Economia

PIB deve crescer 3,4% este ano, projeta a agência S&P; mas contas públicas trazem apreensão

A agência S&P Global Ratings informou nesta terça-feira, 13, que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 3,4% em 2021, com uma recuperação importante…

Data de publicação:13/04/2021 às 12:44 - Atualizado 4 anos atrás
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A agência S&P Global Ratings informou nesta terça-feira, 13, que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 3,4% em 2021, com uma recuperação importante da atividade. "O Brasil continuará apresentando a maior atividade na América Latina", disse o diretor sênior da área de finanças estruturadas da S&P, Jose Coballasi, em webinar sobre perspectivas para América Latina.

A agência revisou recentemente a projeção média de crescimento do PIB para as seis maiores economias da região, de 4,1% para 4,9% em 2021.

Projeção de crescimento do PIB é positiva, mas questão do orçamento ainda preocupa

Apesar do destaque para o Brasil, a Argentina também deve apresentar um avanço importante, assim como o México.

Para o diretor da área de finanças estruturadas da S&P, Marcus Fernandes, 2021 tem sido atípico, mas alguns setores devem impulsionar a economia. "O agronegócio e o setor imobiliário vão continuar em destaque no Brasil."

Debate com contas públicas traz apreensão

Embora haja essa sinalização positiva da agência para a economia este ano, no curtíssimo prazo, outros temas trazem apreensão aos mercados. O debate em relação às contas públicas no Brasil ganhou um novo ingrediente, após reportagem exclusiva do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrar que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para definir o Orçamento deste ano e liberar programas de combate aos efeitos da covid-19 prevê até R$ 18 bilhões em obras fora do teto de gastos.

"Ainda não existe um posicionamento oficial sobre esta PEC. Pode ser apenas um balão de ensaio para se avaliar a reação dos investidores", afirma nota da MCM Consultores.

Conforme a MCM, esse tipo de saída pode reduzir ainda mais a credibilidade do governo na condução da política fiscal, o que resultará em maiores prêmios de risco e num real mais depreciado. Do ponto de vista da política monetária, acrescenta, pode alterar os planos do Banco Central de normalização parcial se as expectativas de inflação começarem a desancorar./Agência Estado

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