Petrobras conclui emissão de oferta de US$ 1,5 bilhão em títulos internacionais
Petroleira realizou a operação por meio da sua subsidiária Petrobras Global Finance e reafirma follow on para a venda de sua parte na BR Distribuidora
A Petrobras informou que, por meio de sua subsidiária Petrobras Global Finance, finalizou a oferta de bonds (títulos de dívida no exterior) no valor de US$ 1,5 bilhão, por meio da emissão dos títulos PGF 5,50% Global Notes, com vencimento em junho de 2051.
Conforme informação divulgada em fato relevante ao mercado, o preço da emissão é 96,446%, enquanto o rendimento ao investidor é de 5,75% ao ano. A operação foi precificada no dia 02 de junho e a demanda foi 6,2 vezes maior do que a oferta, com a participação de 426 investidores de locais como Estados Unidos, Europa, Ásia e América Latina.
De acordo com a petroleira, o pagamento dos juros será feito nos dias 10 de junho e 10 de dezembro de cada ano, começando a partir deste mês.
Os recursos líquidos da venda desses títulos serão utilizados para o pagamento dos títulos aceitos na oferta de recompra anunciada em 02 de junho de 2021.
Participação na BR Distribuidora
A Petrobras reiterou que venderá sua participação de 37,5% na BR Distribuidora por meio de oferta secundária de ações (follow on). A decisão havia sido tomada pelo conselho de administração da empresa em agosto do ano passado, ainda na gestão do ex-presidente da petrolífera, Roberto Castello Branco.
Havia dúvidas, no entanto, se seria mantida na gestão do general Joaquim Silva e Luna, no cargo desde abril.
Em comunicado, a Petrobras confirmou que a participação remanescente na BR será oferecida ao mercado financeiro por meio de oferta secundária de ações. "O montante a ser arrecadado dependerá do resultado da precificação da transação", informou a empresa.
A empresa acrescentou ainda que a oferta estará sujeita às condições de mercado, à aprovação dos órgãos internos da Petrobras quanto ao preço, e à análise da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e demais órgãos reguladores.
A privatização da BR aconteceu, na verdade, em 2019, quando a estatal se desfez do controle da distribuidora, com a venda da participação de 30% por R$ 9,6 bilhões. A abertura do capital ocorreu em 2017.
Venda de usinas termelétricas
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a venda de três usinas termelétricas da Petrobras localizadas no Polo Camaçari para a São Francisco Energia (SFE), subsidiária da Global Participações em Energia.
A operação abrange ativos, direitos e licenças que compõem as térmicas Arembepe, Bahia 1 e Muricy, situadas no município de Camaçari, no Estado da Bahia. O contrato, no valor de R$ 95 milhões, foi anunciado em maio pelas empresas.
Juntas, as usinas do Polo Camaçari têm potência total instalada de 329 MW. Elas operam com óleo combustível e têm contratos de comercialização de energia no ambiente regulado com vigência até dezembro de 2023, no caso das UTEs Arembepe e Muricy, e até dezembro de 2025 para a UTE Bahia 1.
Além do Cade, a transação também está sujeita à aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). / com Agência Estado