Petrobras assina contrato com a Petro+ para venda de ativos em Alagoas
Petro+ comprou a parte da Petrobras na Bacia de Alagoas por US$ 300 milhões
A Petrobras assinou um contrato com a empresa Petromais Global Exploração e Produção S.A. (Petro+) para a venda da totalidade de sua participação em um conjunto de sete concessões terrestres e de águas rasas denominada Polo Alagoas, localizadas no Estado de Alagoas, por US$ 300 milhões.
Deste valor total, US$ 60 milhões foram pagos à vista e US$ 240 milhões serão pagos no fechamento da transação. Os valores não consideram os ajustes devidos até o fechamento da transação, que está sujeito à aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A produção média do polo Alagoas de janeiro a maio de 2021 foi de 1,9 mil barris por dia (bpd) de óleo e condensado e de 602 mil m3/d de gás gerando 0,9 mil bpd de LGN (líquidos de gás natural).
Além dos campos e suas instalações de produção, está incluída na transação a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Alagoas, cuja capacidade de processamento é de 2 milhões de m3/dia, e que é responsável pelo processamento de 100% do gás do polo e pela geração de LGN.
A estatal afirma que essa operação está alinhada à estratégia de otimização do portfólio e melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultra profundas, "onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos".
1ª aquisição sísmica
A Petrobras iniciará na primeira quinzena de julho a primeira aquisição sísmica com a tecnologia Ocean Bottom Nodes (OBN) e novos levantamentos multifísica (magnetométricos e gravimétricos) do projeto 3D Nodes do Parque das Baleias, na Bacia de Campos, onde estão localizados os campos de Jubarte, Cachalote, Pirambu, Baleia Anã, Caxaréu e Mangangá, com a estatal sendo operadora única.
O contrato firmado com a empresa ShearWater Geoservices do Brasil contempla a aquisição sísmica com área de OBN de 810 km2, totalizando investimentos de cerca de US$ 50 milhões.
De acordo com a companhia, os objetivos são melhorar o imageamento 3D e obter o futuro monitoramento 4D dos campos do Parque das Baleias. Os novos registros sísmicos utilizarão a tecnologia OBN, que permite uma melhor coleta de informações das jazidas a partir de sensores depositados no leito oceânico.
Esta solução tecnológica é referência para monitoramento de reservatórios do pré-sal e do pós-sal, particularmente em áreas onde há plataformas marítimas em operação que impossibilitam a aquisição com navios sísmicos convencionais (sísmica streamer).
"Os novos dados sísmicos 3D obtidos com a OBN otimizarão a caracterização dos reservatórios e dos seus limites. Além disso, a técnica OBN é mais adequada para a sísmica 4D, quando levantamentos de dados geofísicos 3D em diferentes momentos são analisados e permitem acompanhar o deslocamento dos fluidos e sutis variações em propriedades das rochas reservatório”, explica a petrolífera, em nota.
“Com isso, é possível mapear efeitos da interação rocha versus fluido e o comportamento geomecânico dos reservatórios, sendo essenciais para a extensão da vida dos campos", completa. / com Agência Estado