Pelé, o Rei do Futebol, morre aos 82 anos
Um câncer o derrubou, mas não somente. Ele tinha outras doenças graves, uma delas nos músculos das pernas.
Pelé morreu nesta quinta-feira, 29, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, aos 82 anos. O melhor jogador de futebol de todos os tempos não resistiu a complicações de um câncer no cólon e morreu em decorrência de falência múltipla de órgãos. Seu coração bateu pela última vez de forma lenta e pausada, sem que seu corpo sentisse qualquer dor. Estava sedado.
Edson Arantes do Nascimento nunca desistiu da vida. Ela sempre lhe deu muito. E ele a todos nós. Pelé queria viver mais. Ele terminou os seus dias amparado pela mulher, Márcia, com o carinho dos filhos e rezando no quarto do hospital, um hábito que sempre o acompanhou, mas que nos últimos tempos era quase uma obsessão. Pelé rezava com os médicos. Levou sua fé até o fim e a Deus nunca deixou de agradecer pelo dom dado sem pedir nada em troca.
O futebol está de luto. O dia de sua morte será lembrado para sempre, assim como sua história. "Pelé morreu" vai ser a frase mais dita nos próximos dias em Três Corações, Bauru, Santos, São Paulo, Brasil e em todos os cantos do planeta. Seu corpo será velado na Vila Belmiro. A família pediu para o corpo ser cremado. ser muita gente incrédula com a notícia. Mas ninguém indiferente a ela. Sua história continua sendo contada de geração em geração até o fim dos tempos. O futebol vai demorar para entender o que essas duas palavras significam: "Pelé morreu". A notícia vai correr o mundo. Não se sabe se um dia o futebol deixará o luto. Suas histórias vão virar lenda.
O Brasil ainda não sabe o que sua morte significa. Vai descobrir com o tempo, em meio à dor da perda de um filho pródigo e de um vazio inigualável. Inigualável porque Pelé foi o maior jogador da história do futebol. Não há nehum outro como ele. A notícia de sua morte vai ecoar pelo mundo. Onde há uma bola, há reverência a Pelé, seu talento e história.
Ele deixa milhões de admiradores e seguidores nas redes depois de viver os últimos anos numa luta quase que diária com suas doenças. Há anos, sua saúde estava cada vez mais debilitada, de altos e baixos, com momentos estáveis e outros nem tanto. Pelé foi definindo em vida, longe da bola e cada vez mais distante dos compromissos profissionais. Em seus últimos momentos, nem de longe lembrava aquele atleta esbelto e dono de movimentos precisos. Mas Pelé reinou absoluto até o fim. Ele deixa mulher e sete filhos. Um câncer o derrubou, mas não somente. Ele tinha outras doenças graves, uma delas nos músculos das pernas. Tentou um tratamento nos EUA, mas não deu certo. Também tinha enfermidades no coração. /Agência Estado