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Seguro de vida: o que é e para o que serve?

O seguro de vida não é só para o caso de morte. Apesar da variedade de coberturas oferecidas pela indústria de seguros de vida, não temos…

Data de publicação:07/02/2019 às 02:52 - Atualizado 4 anos atrás
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O seguro de vida não é só para o caso de morte.

Apesar da variedade de coberturas oferecidas pela indústria de seguros de vida, não temos a cultura do seguro entre as nossas principais características. Esse é o motivo pelo qual as pessoas não se informam e, consequentemente, não contratam uma apólice.

Como todo bom brasileiro, ninguém quer contemplar o fato de que o pior pode acontecer hoje, amanhã ou a qualquer momento.

Isso inevitavelmente posterga o processo de análise e contratação de um seguro de vida. O assunto só volta à pauta quando o imponderável acontece com alguém bastante próximo.

Um agravante é o viés já identificado pela psicologia econômica: o ser humano não gosta de abrir mão de algo no presente para atender uma situação que ele não sabe quando vai acontecer.

Essa limitação dificulta o ato de se visualizar o futuro e tomar algumas medidas preventivas.

Assim, cientes da natureza humana no que tange um tema que, só de pensar, já atrai o azar, as seguradoras vieram com um instrumento bastante versátil para as fatalidades da vida.

E para entender muito mais sobre este assunto, continue lendo:

O que é Seguro de Vida?

Quais as vantagens do Seguro de Vida?

O que é Seguro Resgatável?

Quais as outras finalidades do Seguro de Vida?

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O que é seguro de vida?

O seguro de vida é um produto que distribui um valor previamente acordado nas situações em que há interrupção de uma importante fonte de renda.

Visto dessa forma, ao se considerar as opções disponíveis, ele também serve para os casos de imprevistos.

De um modo geral, a maior parte dos seguros de vida oferece coberturas para:

  • Morte (natural ou acidental): o valor é pago de forma que os beneficiários possam atender as suas necessidades mais imediatas;
  • Invalidez permanente (total ou parcial) em decorrência de acidente: um montante predeterminado é pago para prover certa segurança financeira;
  • Diagnóstico de doenças graves: os recursos são antecipados para tratar doenças não cobertas pelo seguro de saúde.

Portanto, olhando as apólices mais comuns, temos:

  • No caso de morte, a família recebe os recursos para quitar suas despesas mensais fixas e quaisquer dívidas que estejam em andamento;
  • A invalidez permanente, por sua vez, beneficia o próprio segurado, que pode receber o valor estipulado para suprir as necessidades decorrentes do acidente sofrido;
  • Já para as doenças graves, o segurado pode tanto receber parte do valor do seguro para o pagamento de seu tratamento ou o valor total da indenização, o que encerra a vigência da apólice.

Um seguro pode ser customizado, o que acaba definindo o prêmio (valor mensal), os riscos contratados e o valor segurado.

Quais as vantagens do Seguro de Vida?

Nos últimos anos, algumas medidas foram tomadas para facilitar o entendimento dos termos técnicos das apólices de seguros. Assim, qualquer pessoa pode usar o seguro de vida como ferramenta de planejamento financeiro.

Além disso, recursos tecnológicos ajudam tanto na oferta de opções mais adequadas às necessidades do cliente como também na melhor avaliação do seu risco pela seguradora. Esse cruzamento de informações faz com que o prêmio seja mais justo.

Para o segurado, o risco passa a ser individual. Acabou aquela estória do seguro ser caro porque alguns fazem mau uso dele. Hoje até a redes sociais são usadas para se avaliar o risco de um cliente.

Partindo de uma base de dados melhor, o que determina o valor das parcelas é a idade e estado geral de saúde do segurado, além da atividade que ele exerce e dos hábitos que possui.

Logo, quanto mais cedo se contrata um seguro de vida, mais barato ele é. Por mais que um jovem não tenha a morte em mente, ele pode contratar coberturas para quando ficar impossibilitado de exercer a sua atividade profissional.

Esse é o caso do seguro de acidentes pessoais.

Entretanto, as alternativas não se limitam a isso. Dependendo da seguradora, existe até a cobertura de Diária de Incapacidade Temporária (DIT), que oferece uma renda de até 1 ano no caso de doença ou acidente.

Ao contrário dos seguros comuns, não há limite para a quantidade de seguros de vida que uma pessoa pode ter. Isso se aplica também para quem já possui um seguro entre os benefícios da empresa onde trabalha.

Se ele não for suficiente, contrata-se outros, com coberturas complementares e pelo tempo que o segurado desejar. Essa é a finalidade de um seguro temporário por exemplo, cuja vigência é predefinida e, por conta disso, não sofre reajustes das parcelas em função da idade.

O único cuidado é com as informações contidas nos documentos que identificam o segurado. Elas precisam ser revistas pelo menos uma vez por ano. Uma estrutura familiar é bastante dinâmica e, portanto, as suas necessidades de cobertura mudam ao longo do tempo.

Independentemente das circunstâncias em que uma indenização é paga, o segurado recebe integralmente o valor contemplado na apólice, visto que não há qualquer tipo de tributação.

O que é seguro resgatável?

Um seguro resgatável é um tipo de seguro onde o titular pode resgatar uma parte do que pagou.

Quanto maior o tempo de contratação, maior o valor percentual a ser resgatado. Contando com uma carência de 2 anos, esse percentual pode chegar a 100% após 10 anos. A correção pela inflação é garantida, mas cada seguradora trabalha com uma meta de rentabilidade diferente.

No seguro resgatável, as parcelas não sofrem reajuste por aumento de idade.

Entretanto, as mensalidades são maiores do que em um seguro de vida comum pois parte do valor é o risco que a seguradora está assumindo enquanto que a outra parte constituirá as reservas que serão sacadas no futuro.

Dessa forma, o seguro resgatável é o seguro típico de alguém que é jovem e que possui boas noções de educação financeira. Como ele pode ser resgatado para qualquer objetivo, servirá nas situações em que tiver um empréstimo de alto valor em andamento ou o desejo de empreender.

Quais as outras finalidades do Seguro de Vida?

Quanto menos patrimônio uma pessoa possuir, maior a importância de um seguro de vida. Conforme já citado anteriormente, um seguro de vida tem por finalidade distribuir recursos para beneficiários que perdem uma importante fonte de renda.

Porém, o seguro de vida também é bastante útil para pessoas que possuem grande patrimônio constituído. Nessas situações, alguns pontos devem ser levados em conta:

Existem outras aplicações financeiras (liquidez) ou trata-se de um patrimônio essencialmente imobiliário?

Esse patrimônio possui dívidas?

Tal como na previdência, um seguro de vida facilita o andamento do inventário sem que os herdeiros sofram a redução do patrimônio.

Quando não há esse zelo, 10% da totalidade dos bens é consumido com o imposto (ITCMD de 4%, para o estado de São Paulo) e os honorários advocatícios (6%).

Empresas familiares também se beneficiam de um seguro de vida. Esse é o caso do seguro com o objetivo de sucessão empresarial. Nessa modalidade, a empresa contrata o seguro de vida para os sócios, na proporção que cada um possui na sociedade.

Na ocorrência da morte de um deles, a família recebe a indenização e, como contrapartida, entrega as ações para os demais sócios.

Dessa forma, evita-se situações em que os herdeiros não possuem afinidade com os sócios ou qualquer interesse em participar da gestão.

Por fim, o seguro de vida também serve para as disputas judiciais. Ele é uma forma das famílias não serem prejudicadas em processos trabalhistas, por exemplo.

Conclusão

Um seguro de vida complementa qualquer planejamento financeiro.

Muito fácil de ser contratado atualmente, ele é um produto onde, mediante o pagamento de uma indenização, uma família pode se estruturar após um evento de morte, acidente grave ou doença. Quanto mais jovem for o segurado, menor o seu custo.

O valor da apólice deve ser o equivalente à renda anual bruta vezes o número de anos em que o segurado quer que a sua família esteja protegida.

Contando com diversas coberturas adicionais, o seguro de vida pode ainda contemplar situações nas quais os outros seguros não oferecem proteção.

Um seguro resgatável é ideal para um jovem precavido que quer, ao mesmo tempo, acumular reservas. Mesmo sendo um seguro mais caro, ele pode ser parcialmente ou integralmente resgatado após o período de carência, sem que haja um evento indenizável.

Instrumento importante para garantir grandes compromissos financeiros ou bancar um projeto de longo prazo, ele não sofre reajustes em função da idade e, tal como nos outros seguros de vida, é isento de qualquer imposto.

Outros casos onde um seguro de vida pode fazer toda a diferença é nos custos de transmissão de herança para famílias com patrimônios imobiliários ou nos rearranjos societários de empresas familiares cujos herdeiros não se identificam com o negócio ou com os demais sócios.

As possibilidades são infinitas e certamente se encaixarão em qualquer contexto familiar e profissional:

“A sorte não existe. Aquilo a que chamas sorte é o cuidado com os pormenores.”
Winston Churchill

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Sobre o autor
Nohad HaratiPossui MBA em Finanças e LLM em Direito do Mercado Financeiro (ambos pelo Insper/SP). É gestora de uma carteira proprietária, além de ser responsável por um Family Office.
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