Economia

Mesmo com IBC-Br mais fraco em abril, mercado aposta em rápida retomada econômica

Analistas esperam por um avanço de 5,2% do PIB neste ano

Data de publicação:14/06/2021 às 02:14 - Atualizado 3 anos atrás
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Embora a expansão de 0,44% do IBC-Br de abril tenha ficado abaixo das expectativas de analistas, índice que antecipa a evolução do PIB, o mercado continua apostando em rápida recuperação a da atividade econômica, depois do fraco resultado de março.

Segundo o economista da XP, Rodolfo Margato, o comércio varejista e os serviços prestados às famílias lideraram a retomada do crescimento em abril, principalmente por três fatores: reflexo do afrouxamento das restrições de mobilidade; retorno dos pagamentos de auxílio emergencial às pessoas mais vulneráveis à pandemia; e elevação da confiança do consumidor. 

Varejo e serviços puxaram o IBC-Br para terreno positivo após forte queda em março

“Nossa estimativa preliminar para o IBC-Br de maio indica elevação de 0,9% comparativamente a abril (alta de 15,4% em relação a maio de 2020)”, afirma o economista. “Destacamos a expectativa de expansão acentuada das vendas varejistas (PMC - Pesquisa Mensal do Comércio) no mês passado. Aguardamos a divulgação de outros indicadores coincidentes importantes para chegarmos à projeção final do IBC-Br de maio”.

Para o PIB do 2º trimestre, a XP projeta um crescimento de 0,1%, em relação ao 1º trimestre deste ano, mas que representa uma alta de 12,1%, ante o 1º trimestre de 2020. Assim, o desempenho da atividade econômica brasileira no 1º semestre de 2021 deverá ser muito mais sólido do que o projetado há alguns meses, na opinião do economista.

Margato explica que a dinâmica da Covid-19 permanece como principal risco ao crescimento da economia local, e as estatísticas relacionadas à pandemia publicadas recentemente aumentaram as preocupações acerca de outro recrudescimento agudo da crise sanitária no País.

“Mantemos a avaliação de que a campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 ganhará tração nas próximas semanas, evitando retrocessos, ao menos generalizados, no processo de reabertura econômica em curso”.

Por isso, o especialista espera por resultados sólidos para o PIB de Serviços ao longo do 2º semestre, incluindo uma recuperação consistente dos serviços prestados às famílias. Setor que, apresenta níveis correntes consideravelmente abaixo daqueles observados antes da pandemia.

A projeção é de 0,7% e 0,4% para o PIB total no 3º e 4º trimestres, respectivamente, em relação ao período imediatamente anterior, após ajuste sazonal. A projeção da XP é a de que o PIB Brasileiro crescerá 5,2% em 2021.

Sobre o autor
Regina PitosciaEditora do Portal Mais Retorno.