Mercado de PCs cresce 19,7% no 1° trimestre de 2021, aponta IDC Brasil
O mercado corporativo lidera na alta de compra de PCs
O mercado de PCs cresceu 19,7% no primeiro trimestre de 2021, quando comparado ao mesmo período do ano passado. No período, foram vendidos 1.772.471 computadores. Os dados são da pesquisa IDC Brazil PCs Tracker 1Q2021, divulgada nesta segunda-feira, 28, pela IDC Brasil, empresa de inteligência em mercado.
O maior crescimento veio do mercado corporativo, com a compra de 681.930 computadores, o que representa uma alta de 24,4%. O que causou esse movimento, de acordo com Reinaldo Sakis, gerente de pesquisa e consultoria de Consumer Devices da IDC Brasil, foi principalmente a "corrida por notebooks para o home office".
Além das pequenas, médias e grandes empresas, o governo e o setor educacional também respondem por esse crescimento. Por conta do momento de pandemia e as medidas restritivas, "as entregas de projetos para o governo e para a educação seguiram forte", afirma Sakis.
As compras de computadores no mercado de varejo também aumentaram. No primeiro trimestre de 2021, houve a venda de 1.090.487 computadores, 17% a mais do que nos três primeiros meses de 2020. O estudo aponta que a pandemia é o principal motivo para esse resultado, levando em conta a alta demanda por produtos para o home office, ensino remoto e, inclusive, o entretenimento. Desse número registrado no varejo, a grande maioria das vendas, mais de 940 mil, foram de notebooks, contra pouco mais de 145 mil de desktops.
Alta nos preços
Não só o número de vendas aumentou, mas também o preço dos produtos. Segundo a pesquisa, a alta nos preços de notebooks foi de 20,5% e os desktops, de 22,1%.
O preço médio de um computador portátil no primeiro trimestre de 2020 era de R$ 3692, enquanto no mesmo período deste ano, o valor saltou para R$ 4450.
Além da inflação no Brasil e da taxa de câmbio elevada, o que contribuiu para essa valorização no preço dos produtos foi a falta de componentes para a fabricação, ao mesmo tempo em que a demanda é alta. A escassez de microprocessadores, entre outros componentes importante para a produção de eletrônicos, deve permanecer. A previsão de normalização, segundo a IDC Brasil, é para o fim de 2021 ou, até mesmo, 2022.