Economia

Menos reformas e mais riscos de mudanças em políticas públicas após as eleições, prevê a Moody’s

A agência entende que o próximo governo enfrenterá impasses de natureza política e taxas baixas de crescimento

Data de publicação:30/09/2022 às 05:00 - Atualizado 2 anos atrás
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A Moody's prevê menor ímpeto das reformas e maior risco de reversão de políticas públicas após as eleições presidenciais no Brasil, cujo primeiro turno será disputado no domingo. Em relatório publicado hoje, a agência de classificação de risco avalia que as eleições vão afetar a trajetória fiscal e econômica do Brasil, dadas as diferenças significativas no compromisso dos principais candidatos com as reformas estruturais.

A Moody's entende que o próximo governo enfrentará impasses de natureza política, taxas de crescimento econômico persistentemente baixas e uma política monetária contracionista, o que vai pressionar a capacidade de pagamento da dívida do Brasil. Mudanças na condução das políticas públicas podem, segundo a agência, afetar o sentimento do investidor, com consequente impacto, ainda maior, no crescimento.

Após observar que várias reformas positivas ao perfil de crédito do País foram aprovadas pelo Congresso durante o atual governo, a Moody's alerta que o próximo presidente enfrentará a difícil tarefa de equilibrar vários objetivos: manter a disciplina fiscal, apoiar o crescimento e preservar a confiança do investidor.

"Um enfraquecimento da credibilidade da política fiscal exacerbaria todos esses desafios. Nos próximos anos, o compromisso das autoridades com o teto de gastos será um fator fundamental que influenciará a força fiscal", escreveu a agência, acrescentando que o impacto no perfil de crédito, se confirmadas as mudanças no teto, vai depender da magnitude das despesas adicionais, além da manutenção de uma âncora fiscal confiável.

Embora o cenário de referência da Moody's não incorpore um impasse político pós-eleitoral, a agência de classificação de risco alerta que a incerteza provavelmente continuará tendo impacto negativo nas perspectivas econômicas e financeiras de curto prazo do Brasil./Agência Estado

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