Economia

Banco Central Europeu pretende elevar a taxa básica de juros em 0,25% em julho, afirma Lagarde

Mais uma alta está prevista para setembro

Data de publicação:20/06/2022 às 03:02 - Atualizado 2 anos atrás
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A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou nesta segunda-feira, 20, que a instituição pretende aumentar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual em julho. Já em setembro, a banqueira central destacou que pretende elevar a taxas novamente, sendo que pode ser apropriado um aperto maior.

Além de setembro, Lagarde adiantou que um caminho "gradual", mas "sustentado", de novos aumentos nas taxas de juros será apropriado. "O atual ambiente de inflação - com números bem acima da nossa meta - é claramente um desafio", afirmou, durante discurso no Parlamento Europeu.

Fachada do Banco Central Europeu (BCE) | Foto: Reprodução

"Em linha com nosso compromisso com a meta (inflacionária) de médio prazo de 2%, o ritmo em que ajustamos nossa política monetária dependerá dos dados recebidos e de como avaliamos a evolução da inflação no médio prazo", completou a banqueira.

Riscos de recessão

Lagarde afirmou ainda que a instituição deve se manter atenta aos riscos de recessão. No entanto, ela ponderou que uma recessão não é o cenário base para a zona do euro.

"A atividade na zona do euro está sendo prejudicada pelos elevados custos da energia, pela intensificação das perturbações da oferta e pela maior incerteza. A agressão injustificada da Rússia à Ucrânia está afetando gravemente nossa economia, e as perspectivas ainda estão cercadas de alta incerteza."

Christine Lagarde

Avanço dos preços

A banqueira central também comentou que os preços subiram mais fortemente devido a novos gargalos de oferta em meio à recuperação da demanda doméstica, especialmente no setor de serviços.

"Esperamos que o crescimento dos salários negociados se fortaleça ligeiramente ao longo de 2022 e depois permaneça acima dos níveis médios para o horizonte de projeção, apoiado por mercados de trabalho apertados, aumentos dos salários mínimos e alguns efeitos de compensação pelas altas taxas de inflação", ressaltou.

Quando perguntada sobre o balanço patrimonial da instituição, Lagarde afirmou que a redução será no futuro, em uma etapa posterior. / Com Agência Estado

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