Inadimplência atinge em setembro número recorde de 64,25 milhões de brasileiros
Em setembro houve aumento de 0,93% no volume de consumidores com contas atrasadas em relação a agosto
A inadimplência saltou 0,93% na passagem de agosto para setembro. A elevação foi de 11,17% em relação a igual mês de 2021. O levantamento foi realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Quatro em cada dez brasileiros adultos (39,71%) estavam negativados em setembro de 2022. O patamar equivale a 64,25 milhões de pessoas, um novo recorde para a série histórica iniciada há oito anos.
O crescimento na base interanual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 91 dias a um ano, de 35,16%. A faixa de idade com mais devedores em setembro foi de 30 a 39 anos (23,99%) - 15 milhões de pessoas, o equivalente a 43,86% do grupo etário. Entre os sexos, a distribuição total dos inadimplentes foi composta 50,90% por mulheres e 49,10% por homens.
A dívida por consumidor em setembro era em média de R$ 3.688,96. Os consumidores com dívidas de até R$ 500 eram 34,14%, contra 48,87% com dívidas até R$ 1 mil.
De agosto para setembro deste ano, houve elevação de 2,05% do endividamento no Brasil. Em relação a setembro de 2021, a alta foi 21,95%. Entre os destaques estão as dívidas com os Bancos, com crescimento interanual de 37,94%, seguidas por Água e Luz (11,86%). Em contrapartida, houve queda nas dívidas em atraso de Comunicação (-11,57%) e Comércio (-0,28%).
Os Bancos são o setor credor com maior concentração de dívidas no País (61,18%), seguido por Comércio (12,86%), Água e Luz (10,51%) e Comunicação (8,42%)./Agência Estado.