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Huobi perde US$ 13 milhões de clientes na FTX; fundador da corretora promete cobrir rombo

Corretora perde US$ 4,9 milhões, de recursos próprios, com a quebra da FTX

Data de publicação:14/11/2022 às 12:55 - Atualizado um ano atrás
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A New Huo Technology, novo nome que a conhecida corretora Huobi adotou, divulgou que possui o equivalente a US$ 18,1 milhões em criptomoedas depositados na FTX. Desse montante, US$ 13,2 milhões são de clientes e US$ 4,9 milhões da própria Huobi.

A informação foi divulgada pela Huobi em um comunicado para os acionistas publicado nesta segunda-feira (14) no site da companhia de Hong Kong. O fundador da empresa e dono de 53% das ações da empresa, Li Lin, irá colocar até US$ 14 milhões para cobrir os ativos de clientes da Huobi que estão trancados agora na FTX.

FTX, uma das maiores corretoras de cripto, entrou com pedido oficial de recuperação judicial nos EUA

O que motivou o informe aos acionistas foi a FTX ter entrado oficialmente com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. O fato é descrito no documento da Huobi como “incidente” e a empresa calcula que irá trazer impactos financeiros para seus acionistas.

“O Conselho prevê que a performance financeiro do grupo deve ser afetada negativamente se o incidente [recuperação judicial da FTX] não for resolvido. O Conselho irá debater com o auditor do grupo o impacto do Incidente na posição financeira”, afirma Wu Shupeng, diretor executivo da companhia e signatário do informe.

Recuperação judicial da FTX

A crise na corretora de criptomoedas FTX chegou ao auge na sexta-feira (11). Após sangrar em público por vários dias, a exchange criada por Sam Bankman Fried (SBF), uma das maiores do mundo, quebrou e entrou com pedido de recuperação judicial do tipo “Chapter 11” — referência ao capítulo da Lei de Falências dos EUA, que permite a uma empresa criar um plano de recuperação sob intervenção judicial para pagar os credores ao longo do tempo.

O agora ex-bilionário Bankman-Fried se afastou da direção da empresa e foi substituído por um executivo chamado John Ray III, mas se comprometeu a “ajudar em uma transição organizada”.

O pedido de recuperação judicial abrange a maior parte das companhias do grupo FTX, incluindo o braço americano FTX US, a Alameda Research e “aproximadamente 130 outras companhias afiliadas”, segundo comunicado da empresa. /Agência Reuters

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