Gol deve reduzir mais os voos em abril, com aumento da pandemia e queda na demanda
O aumento do número de casos de infecção pela covid-19 forçou a Gol a reduzir o número de voos diários em março, com perspectiva de reduzir…
O aumento do número de casos de infecção pela covid-19 forçou a Gol a reduzir o número de voos diários em março, com perspectiva de reduzir ainda mais em abril, para ajustar a oferta de assentos à queda de demanda pelas viagens aéreas.
A companhia informou que, em março, quando realizou em média 245 voos por dia, obteve a liquidez total de R$ 1,9 bilhão, valor que representa queda de 10% na comparação com as 355 viagens diárias de fevereiro.
A taxa de ocupação em março foi de 71,8%, queda de nove pontos percentuais em relação ao mês anterior. A receita bruta, de R$ 300 milhões, recuo de 37% na comparação do mesmo período.
As perspectivas para abril não são animadoras, conforme dados divulgados pela própria Gol, que deve realizar de 185 a 200 voos. Os destinos Caldas Novas (GO), Campina Grande (PB), Caxias do Sul (RS), Dourados (MS), Jericoacoara (CE), Londrina (PR), Montes Claros (MG), Sinop (MT) e Uberlândia (MG) serão suspensos.
Em março, a companhia utilizou 63 das 127 aeronaves de que dispõe em sua frota, e deve usar ainda menos, 50, em abril. A expectativa é que a vacinação em massa impulsione a retomada da demanda por voos, como ocorreu nos Estados Unidos. A empresa informou que, além dos valores referentes à liquidez total, tem mais de R$ 5 bilhões distribuídos em outras fontes.
Desde o início da pandemia, a Gol buscou fortalecer seu caixa e adiar compromissos com credores. O prazo médio de vencimento da dívida é de 33 anos, sem contabilizar arrendamentos de aeronaves.
“Nossa liquidez continua em linha com o patamar de abril de 2020 e está adequada para administrar as operações até que o percentual da população imunizada aumente”, disse Richard Lark, diretor financeiro da Gol, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).