Eletrobras sobe 30% no ano, mas os fundos de ações concentrados no papel não acompanham; confira
Fundos têm carteira com exposição de 30% ou mais em papeis da estatal
Desde o início do ano, a valorização dos papeis de Eletrobras está em torno de 30%. As ações pegaram tração na medida em que os sinais de avanço do processo de privatização da empresa tornaram-se mais palpáveis. Somente no último mês, o ativo subiu mais de 10%. Muitos fundos de ações com alta concentração nos papeis, no entanto, têm dificuldades para acompanhar esses bons resultados.
O desempenho tanto de ELET3, as ordinárias, como de ELET6, as preferenciais, superam o Ibovespa em todos os períodos e apenas nos últimos 12 meses perdem para a inflação medida pelo IPCA.
Tanto o gráfico como o quadro de rentabilidade histórica foram elaborados pelo 'Comparador de Ativos' da Mais Retorno.
Os fundos concentrados em Eletrobras
A Mais Retorno fez uma seleção de fundos com maior exposição ao ativo. E entre os cinco com carteiras mais recheadas com Eletrobras em relação ao seu patrimônio, apenas o Banclass consegue superar a valorização da própria ação, ELET3.
Mas três deles, conseguem resultado melhor do que a média das ações do Ibovespa: além do Banclass, fazem parte da lista o Krypton, e o Aquarius.
Dois dos fundos apresentam resultado negativo, perdendo do Ibovespa e ficando muito atrás de Eletrobras: Startours e Lafi.
É o Banclass que também consegue superar o desempenho de ELET3 em períodos mais longos: em 6, 12, 24 e 36 meses, e até com boa margem de distância.
Em períodos mais curtos, em 3 e 5 meses, nenhum dos fundos consegue acompanhar a valorização do papel.
Os 5 fundos contam com concentração de 30% ou mais em ações da estatal.
O Banclass tem sua carteira com uma exposição de 38,41% aos papeis de Eletrobras. O segundo colocado é o Lafi com 38,26%, seguido pelo Startours, com 38,24%. Na quarta posição vem o Aquarius com 33,12%, e na quinta, o Krypton com 29,67%.