Economia

EUA criam 253 mil empregos em abril; taxa de desemprego cai para 3,4%

Já a taxa de desemprego recuou de 3,5 em março para 3,4% no mês passado, ante projeção de aceleração a 3,6%.

Data de publicação:05/05/2023 às 07:09 - Atualizado 2 anos atrás
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A economia dos Estados Unidos gerou 253 mil empregos em abril, informou nesta sexta-feira, 5, o Departamento do Trabalho. 

O resultado veio acima da mediana das expectativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, de 185 mil. Já a taxa de desemprego recuou de 3,5 em março para 3,4% no mês passado, ante projeção de aceleração a 3,6%.

Dados do Payroll mostram economia americana ainda forte - Foto: Reprodução

"Dados do Payroll vieram bem fortes e mostram um aquecimento da economia norte-americana, mas não tanto assim a ponto de forçar o Fed (banco central americano)  a subir mais os juros nas próximas reuniões em virtude também da crise bancária", afirma Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.

Ele explica que a sinalização é de que a recessão não está tão próxima assim, e ao mesmo tempo demonstra que o país está forte mesmo com o problema da crise bancária. “O impacto no momento da divulgação foi de queda do dólar e alta das bolsas do mundo, Estados Unidos, principalmente”, aponta Cohen.

O analista pondera que os números divulgados hoje favorecem a possível manutenção dos juros americanos e início da queda dos juros num prazo menor. Isso porque, mesmo com uma criação de vagas acima do esperado, existe a questão bancária dos Estados Unidos com fortes desdobramentos, em que não se sabe qual é a próxima bola da vez. 

Uma situação que, segundo Cohen, é decorrência dos juros estarem  extremamente altos. “Existe no mundo todo, não só nos Estados Unidos quanto na Europa como no Brasil, também uma pressão para os bancos centrais derrubarem os juros, e lá nos EUA já vemos que possivelmente os juros chegaram no pico como o próprio Powell (Jerome Powell, presidente do Fed) falou” afirma o analista.

Em função desse contexto, Cohen aposta em, ao mesmo, manutenção dos juros em níveis elevados: “Não acredito que o Fed vai baixar os juros na próxima reunião. Existe um consenso no mercado de que até o final do ano os juros vão ter caído. Mas a gente não sabe ainda quando. Eu acho que tudo vai depender das próximas divulgações de dados”. 

O mercado agora, segundo ele, entra agora num compasso de espera para as próximas divulgações, seja de inflação, seja de pedido de auxílio-desemprego, seja do próprio PIB, dos Estados Unidos, CPI, PCE, além dos balanços de bancos. “Então é isso que vai ditar o ritmo das decisões em relação aos juros nos Estados Unidos”, complementa. /Com Agência Estado

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