Economia

Inflação nos Estados Unidos fica em 8,5% em julho e desacelera ante junho

Resultado veio melhor do que o esperado e animou os mercados, tanto no exterior quanto no Brasil

Data de publicação:10/08/2022 às 11:27 - Atualizado 2 anos atrás
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O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos ficou estável em julho ante junho, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta-feira, 10, pelo Departamento do Trabalho.

Na comparação anual, o indicador subiu 8,5% em julho, desacelerando em relação ao ganho de 9,1% de junho e abaixo das expectativas, de alta de 8,7%.

Foto: PxHere

Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 5,9% em julho, repetindo a variação de junho e igualmente aquém da projeção de analistas, de aumento de 6,1%.

Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, avançou 0,3% na comparação mensal de julho. Neste caso, o consenso do mercado era de acréscimo de 0,5%.

Reação do mercado com a inflação americana

De acordo com Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital, os dados mais fracos da inflação americana tiram a pressão sobre o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de realizar um aperto monetário tão forte.

“Esses dados indicam que a postura do BC americano não precisa ser tão dura, abrindo espaço para altas de menor magnitude na taxa básica de juros para as próximas reuniões e, consequentemente, um patamar mais baixo”.

Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital

Fabio Fares, especialista em macroeconomia da Quantzed, destaca as principais influências no comportamento do índice.

“Percebemos que gasolina e petróleo foram as principais categorias que ajudaram nessa queda brutal do CPI. Já a categoria de alimentos ainda está bem alta. Comida em casa continua pressionada, assim como os dados do IPCA mostraram em relação à inflação no Brasil”.

Fabio Fares, especialista em macroeconomia da Quantzed

O especialista da Quantzed afirma que agora o “jogo está aberto”. “Se o petróleo continuar caindo, provavelmente o Fed vai subir a taxa de juros em 0,50 ponto porcentual na próxima reunião e talvez até parar de elevar a taxa. Ou afirmar que começa a diminuir o aumento nos encontros subsequentes”. / com Agência Estado

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