Confiança da indústria sobe 0,7% em maio, segundo Ibre/FGV
A indústria mostra que está um pouco mais otimista em maio. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do Ibre/FGV subiu 0,7 ponto em maio para 104,2 pontos,…
A indústria mostra que está um pouco mais otimista em maio. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do Ibre/FGV subiu 0,7 ponto em maio para 104,2 pontos, recuperando a queda observada no mês de abril. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 1,2 pontos. Os dados foram divulgados pelo instituto nesta quinta-feira, 27.
Segundo a economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), Claudia Perdigão, o leve aumento obtido em maio foi influenciado pela melhora das expectativas para os próximos meses.
No entanto, Perdigão ressalta que, em paralelo, a percepção das empresas sobre a situação atual continua piorando para 12 dos 19 segmentos que compõem a pesquisa. “O resultado está relacionado aos efeitos da desvalorização do real e da escassez de insumos”, aponta.
A economista do Ibre enfatiza que o avanço da vacinação, embora lento, e a recuperação de economias externas, ampliando as exportações, são fatores que tendem a contribuir com a melhora das expectativas para o próximo semestre.
Expectativas e situação atual
O resultado do mês é influenciado pelo aumento do otimismo em relação aos próximos meses. O Índice de Expectativas (IE) subiu 2,1 pontos para 99,0, muito próximo ao nível neutro (100 pontos). O Índice Situação Atual (ISA), por outro lado, cedeu 0,5 ponto acomodando em 109,5 pontos.
Entre os quesitos que compõem o ISA, ambos acomodaram em maio. O indicador que mede o nível dos estoques recuou 0,3 ponto para 113,0 pontos, enquanto a situação corrente dos negócios variou 0,3 ponto para 107,6 pontos.
Dos indicadores que integram o IE, a produção prevista para os próximos três meses foi o que mais contribuiu para o aumento confiança em maio ao subir 6,5 pontos para 93,1 pontos, recuperando em 42,8% a queda sofrida entre janeira e abril.
Os indicadores que capturam a emprego previsto para os próximos três meses e tendência dos negócios para os próximos 6 meses variaram 0,1 e -0,6 ponto, respectivamente, para 101,5 e 102,3 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) subiu 1,1 ponto percentual, para 77,8%.